24/02/2015 às 22:58

Gama recebe ação para diagnóstico de câncer colorretal

Oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), exames identificam lesões antes de a doença se manifestar

Por Da Agência Brasília, com informações da Secretaria de Saúde

Moradores do Gama na faixa etária de 50 a 75 anos poderão realizar um procedimento para diagnóstico precoce de câncer colorretal — tumor que acomete o intestino grosso por meio do cólon ou do reto. O projeto, lançado nesta terça-feira (24) pela Secretaria de Saúde, prevê a coleta de fezes para a realização de exames de sangue oculto. A expectativa é reduzir os casos desse tipo da doença, o terceiro mais comum em homens e o segundo em mulheres no Brasil.

A ideia desse rastreamento surgiu durante uma conversa com pesquisadores japoneses. Foi proposta uma cooperação técnica entre os dois países, e Brasília poderia ser contemplada, desde que tivesse uma estrutura básica para receber o investimento. De acordo com a Secretaria de Saúde, o Hospital de Base tem condições de atender quem apresenta lesões que possam vir a se tornar um câncer colorretal. A unidade conta com um aparelho moderno de colonoscopia, que permite um maior detalhamento no caso de alterações no exame de fezes.

A intenção da Secretaria de Saúde é levar o programa a todas as regionais do DF. O Gama foi escolhido para o projeto piloto devido ao fato de a região ser bem estruturada em atenção primária.

Fácil prevenção
De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), a incidência do tumor colorretal no Brasil em 2014 só foi menor que a do câncer de mama em mulheres e a dos cânceres de pulmão e próstata em homens.

O diferencial desse tipo da doença é ser de fácil prevenção. Segundo o secretário de Saúde do DF, João Batista de Sousa, que é também proctologista, primeiro surgem lesões benignas e, até que elas se tornem malignas, podem passar de 10 a 15 anos. Portanto, a cura é bem provável quando a descoberta ocorre ainda na fase assintomática. “A chance de cura no estágio 1 é de 90%. No estágio quatro, cai para 10%”, observa.