Dezoito de maio é o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Os crimes são considerados hediondos e para diminuir a quantidade de ocorrências e reforçar a importância da denúncia, o governo de Brasília fará na quinta-feira (18) ação de conscientização em estações do metrô.
A Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF) promoverá o Trem da Proteção, projeto em que servidores e parceiros vão distribuir panfletos dentro das estações e dos vagões. A mobilização começa às 11 horas com atrações culturais e artísticas na Estação Central (Rodoviária do Plano Piloto). O grupo seguirá até a Praça do Relógio, em Taguatinga, e, em seguida, retornará para a Estação Central por volta de 14 horas.
Haverá a participação do Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente, vinculado à da Secretaria de Políticas para Crianças, Adolescentes e Juventude do DF; do Comitê Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes; e do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil.
Regiões
Em 17 de maio, haverá o show Pela Vida Contra a Violência com apresentação de grupos musicais e de oficinas lúdicas para as crianças e para os adolescentes. O evento será no estacionamento da Fundação Nacional de Artes (Funarte), no Eixo Monumental, das 13 às 17 horas, e o encerramento contará com uma revoada de balões.
Uma caminhada pelas ruas de Santa Maria marcará o dia para os moradores da região administrativa. A estimativa é envolver cerca de 3 mil pessoas para conscientizar a população.
A concentração ocorrerá na quinta-feira (19) em dois lugares: na Escola Classe 206 e na Escola Classe 215, às 8 horas. A previsão é que a caminhada dure uma hora. Os dois grupos deverão se encontrar no ginásio de esportes, próximo à administração regional, e assistirão a apresentações teatral e musical. Essa será a quarta edição da caminhada contra a violência sexual infanto-juvenil e contará com a participação de estudantes e de professores das escolas da rede pública de Santa Maria.
Abuso e exploração sexual
Abuso e exploração sexual são diferentes. Segundo o Ministério Público Federal, o que difere os dois casos é o interesse financeiro que há na exploração sexual. Em ambas as situações, estão envolvidas pessoas maiores de idade que exercem influência sobre as crianças. Elas podem ser da família, ou próximo a ela, e não necessariamente usar de violência para cometer o crime. Na exploração sexual, as crianças e os adolescentes ainda são usados para atividades sexuais remuneradas, como pornografia infantil.
História
Em 18 de maio de 1973, uma menina de 8 anos foi sequestrada no Espírito Santo. Ela foi abusada sexualmente, assassinada e o corpo encontrado carbonizado seis dias depois do rapto. Os suspeitos eram jovens de classe média e de família tradicional do estado. O caso foi arquivado e o corpo enterrado três meses depois.
Na quarta-feira, essa história completa 43 anos e até o momento ninguém foi punido pelo crime que ficou conhecido como caso Araceli.
Vinte e sete anos depois do ocorrido, foi sancionada a Lei n 9.970, de 2000, que institui a data como Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.
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