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20/07/2016 às 19:46, atualizado em 21/07/2016 às 09:09
Gestor do perfil da Fundação Athos Bulcão, Vitor Borysow cadastrou-a na plataforma colaborativa Mapa nas Nuvens para divulgar exposições e planeja levantar todas as obras do artista que dá nome à instituição distribuídas em Brasília
Desde que foi lançada, em 30 de junho, a plataforma colaborativa on-line Mapa nas Nuvens — Cartografia Cultural do DF, já conta com 101 agentes, 97 espaços e 14 ações culturais cadastrados. O software livre, desenvolvido por meio de parcerias e gerido pela Secretaria de Cultura, permite que pessoas físicas e jurídicas criem pontos georreferenciados (que indicam a localização), onde podem ser encontrados locais de fomento cultural de linguagens diversas e por todo o Distrito Federal.
Só a Cultura já registrou cerca de 90 dos pontos existentes, entre equipamentos públicos geolocalizados e ações referentes ao Fundo de Apoio à Cultura, à Lei de Incentivo à Cultura e de outras instituições. Todos os pontos oficiais recebem um selo de resultado verificado. O objetivo da secretaria, no entanto, é que a sociedade participe cada vez mais ativamente do processo, tanto pelo site quanto pelo aplicativo para celulares Android.
Registrada desde o lançamento da plataforma, a Fundação Athos Bulcão — entidade privada sem fins lucrativos — vê a proposta como uma grande oportunidade de divulgação e fomento. Quando soube da novidade, o assessor de comunicação e responsável pela gestão do perfil da fundação, Vitor Borysow, cadastrou a entidade como espaço. Assim, ao acessar o Mapa nas Nuvens, podem-se encontrar informações sobre a entidade e sobre a exposição Acervo: Recortes III, marcada como ação cultural. “Apresentamos parte do grande acervo de Athos Bulcão criado a partir da década de 1970”, conta Borysow. “Agora, como entidade cultural, queremos mapear todas as obras do Athos Bulcão espalhadas por Brasília”, planeja.
A mostra foi inaugurada em 2 de julho, aniversário do artista que dá nome à instituição, e fica até setembro na galeria da fundação (CLS 404, Bloco D, Loja 1, Asa Sul), que funciona de segunda a sexta-feira, das 9 às 18 horas, e aos sábados, das 10 às 17 horas.
Qualquer pessoa pode inserir no Mapa nas Nuvens um espaço, uma ação cultural ou a si mesmo como agente. Para isso, basta criar uma conta para se cadastrar ou acessar o site com outro perfil já existente em redes sociais, como Facebook ou Twitter.
“A plataforma [Mapa nas Nuvens] tem sido fundamental para a construção de uma agenda cultural espontânea e independente”, explica a coordenadora de Formulação de Políticas Culturais da Secretaria de Cultura, Lívia Frazão.
Segundo ela, a participação ativa de entidades privadas, associações e do público em geral transforma a produção cultural em algo abrangente e baseia a construção de políticas públicas. “Assim podemos avaliar o quanto as ações extrapolam nosso alcance, onde podemos atuar mais, como podemos incentivar algo que aquelas comunidades já têm como identidade.”
Com o mapa georreferenciado, nasce também o Cultura nas Nuvens, site que reúne as ações marcadas em uma grande agenda da produção cultural brasiliense. O projeto atende a uma demanda antiga do setor, de acordo com a subsecretária.
Ela adianta que o objetivo da gestão é ampliar o acesso ao mapa e cruzar as informações culturais com outras, como os mapas socioeconômicos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “Queremos fazer um grande banco de dados.”
A iniciativa do Mapa nas Nuvens é uma parceria do governo de Brasília com o Observatório de Economia Criativa da Universidade de Brasília e o Instituto TIM. O software foi desenvolvido com base no projeto Mapas Culturais do Instituto TIM, em parceria com o Ministério da Cultura, e está em cidades do Ceará, de Minas Gerais, do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e de São Paulo.
Para garantir a eficácia e o alcance do Mapa nas Nuvens, a Secretaria de Cultura e o Instituto Tim têm se articulado para capacitar os gestores culturais sobre o funcionamento do Mapa nas Nuvens. Na segunda (18) e na terça-feira (19), servidores da pasta da Cultura participaram de um workshop para expor as possibilidades da plataforma e para cadastrar mais pontos relacionados ao governo.
Ainda neste semestre, a coordenação de Formulação de Políticas Culturais promoverá a capacitação para os mais de 300 agentes de leitura cadastrados no DF e ligados a bibliotecas públicas e a museus. Também estão previstos cursos voltados para conselheiros de cultura, para os gerentes culturais das administrações regionais, para assessores de imprensa ligados à área e para grupos produtivos do setor em geral.
Edição: Raquel Flores