02/08/2016 às 17:13, atualizado em 13/12/2016 às 18:00

Saúde registra 145 novos casos de caxumba em moradores do DF

De janeiro a 27 de julho, foram 1.181 ocorrências da doença nos residentes de Brasília

Por Gabriela Moll, da Agência Brasília

Foram registrados mais 145 casos de caxumba em moradores de Brasília. Os dados estão no Boletim Epidemiológico nº 6, divulgado nesta terça-feira (2) pela Secretaria de Saúde. De acordo com o documento, os casos somam, desde janeiro, 1.158, com ocorrências em 1.181 residentes locais e 32 de outras unidades federativas, que deram entrada na rede pública brasiliense.

Os homens representam a maioria dos afetados (697). Os adultos, pessoas de 20 a 49 anos, também são os que mais contraíram a doença — 534 casos. Entre as regiões administrativas mais atingidas destacam-se Ceilândia (228), Taguatinga (139) e São Sebastião (113).

As maiores incidências a cada 100 mil habitantes permanecem no Setor de Indústria e Abastecimento (907,1), no Varjão (346,5) e em São Sebastião (119). Os casos no SIA podem estar relacionados às ocorrências no Centro de Progressão de Pena, aliado ao fato de ser a região administrativa com a menor população no DF.

Até 23 de julho, foram notificados 42 surtos isolados de caxumba no DF, distribuídos em trezes regiões: Plano Piloto (Asa Sul), Ceilândia, Cruzeiro, Gama, Guará, Lago Sul, Núcleo Bandeirante, Samambaia, Santa Maria, São Sebastião, Sobradinho, Riacho Fundo I e Taguatinga. Vinte e quatro ocorreram em escolas, onze em residências, um em complexo penitenciário e seis em outros locais.

O que fazer para prevenir a transmissão da caxumba?

A Secretaria de Saúde alerta para a necessidade de isolamento social dos pacientes de, no mínimo, 10 a 15 dias — contados a partir dos primeiros sinais e dos sintomas da doença. Como a contaminação ocorre por meio de gotículas de saliva, evite ambientes aglomerados e fechados e não compartilhe copos e talheres. Também é importante ingerir líquidos.

Não existe um tratamento específico para a doença. O combate é feito pela vacinação ainda na infância. Na rede pública de saúde, a vacina tríplice viral (que protege contra caxumba, sarampo e rubéola) pode ser aplicada no primeiro ano de vida; a vacina tetra viral (caxumba, sarampo, rubéola e varicela) é dada a partir dos 15 meses de idade.

Para crianças e adolescentes de até 19 anos, são duas doses do medicamento, e, para pessoas de 20 a 49 anos, é apenas uma dose da vacina tríplice viral. A prevenção pode ser feita durante todo o ano nos centros de saúde.

Sintomas da caxumba

Febre, calafrios, dores de cabeça e musculares — ao mastigar ou engolir — e fraqueza são os sintomas mais comuns da caxumba. A doença também é caracterizada pelo aumento de glândulas salivares, que fazem o rosto inchar.

A incubação do vírus (período de contaminação até aparecer os primeiros sintomas) pode variar de 12 a 25 dias. Em média, aparece por volta dos 16 a 18 dias.

Edição: Paula Oliveira