22/08/2016 às 20:03

1.472 casos de caxumba registrados no DF de janeiro até 13 de agosto

No boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde constam 54 surtos no período

Por Saulo Araújo, da Agência Brasília

A Secretaria de Saúde registrou em 2016 no Distrito Federal, até 13 de agosto, 1.472 casos de caxumba. Desses, 54 foram considerados surtos e atingiram moradores de 13 regiões administrativas, sendo 29 em escolas, 16 em residências, três em locais de trabalho, um no Complexo Penitenciário da Papuda e cinco em outros locais. As informações constam do Boletim Epidemiológico nº 9, divulgado nesta segunda-feira (22) pela Gerência de Vigilância Epidemiológica.

A maioria dos infectados é do sexo masculino (846) e integra a faixa etária dos 20 aos 49 anos (669 casos). Em números absolutos — sem levar em consideração a proporção de habitantes em relação à quantidade de pessoas doentes —, Ceilândia apresenta a maior concentração de casos (283), seguida por Taguatinga (163) e São Sebastião (129). Quando a incidência é calculada levando-se em conta o índice por 100 mil moradores, as regiões administrativas com mais ocorrências são o Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), o Varjão e São Sebastião.

A fim de minimizar a propagação do vírus, a Vigilância Epidemiológica acompanha todos os casos suspeitos e faz o bloqueio vacinal seletivo. Ou seja, imuniza as pessoas que tiveram contato com aquelas contaminadas. Em caso de surto, os pacientes são isolados de 10 a 15 dias após o início dos sintomas e orientados a adotar uma série de recomendações, como não compartilhar copos e talheres, evitar aglomerações e ambientes fechados e adotar uma alimentação balanceada.

Como evitar a caxumba

A maneira mais eficaz para evitar a caxumba é a vacina tríplice viral (caxumba, sarampo e rubéola). A imunização deve ser feita em crianças aos 12 meses de vida. Aos 15 meses, aplica-se a tetra viral (caxumba, sarampo, rubéola e varicela). Para crianças e adolescentes de até 19 anos, são ministradas duas doses. Para pessoas entre 20 e 49 anos é necessária apenas uma dose da tríplice viral. As vacinas estão disponíveis ao longo do ano inteiro em todos os centros de saúde.

Edição: Marina Mercante