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23/08/2016 às 09:18, atualizado em 13/12/2016 às 13:45
Com empréstimos do programa, Juscelino da Conceição ampliou a loja, contratou funcionários e comprou produtos para revender
De março a julho de 2016, 430 microempreendedores conseguiram empréstimo por meio do Prospera DF. Foram R$ 4.995.602,52, concedidos a 295 beneficiados da área urbana e a 135 da rural. O programa da Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos distribui crédito a artesãos, trabalhadores autônomos, cooperativas, produtores rurais da agricultura e da pecuária familiar e a recém-graduados para atuarem em suas profissões.
De acordo com a secretaria, as áreas urbanas receberam 56,3% dos recursos — R$ 2.785.448,82. Entre essas, Planaltina foi a que mais solicitou, com R$ 1.303.030,51; seguida por Brazlândia (R$ 633.006,21) e Sobradinho (R$ 588.268,04). O meio rural ficou com 43,7% do montante (R$ 2.210.153,70), distribuídos entre a agricultura, com R$ 2.017.723,70 (93%), e a pecuária, com R$ 146.587,12 (7%).
Os recursos saem do Fundo de Geração de Emprego e Renda, administrado pela secretaria, em parceria com o Banco de Brasília (BRB) e com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF). O conselho de administração do fundo é responsável pela gestão do patrimônio do Prospera DF, pelo estabelecimento de prazos de financiamentos e por taxas de juros e renegociação de dívidas.
Um dos beneficiários do programa, o chaveiro Juscelino da Conceição tem um quiosque na Estrutural. Ele conta que começou o empreendimento sozinho há quatro anos. Durante esse período, solicitou o Prospera DF cinco vezes e ampliou a loja, contratou dois funcionários e investiu em mais produtos. “Além de trabalhar com chaves, vendemos panela e liquidificador”, exemplifica. Para isso, neste ano, o microempreendedor pediu R$ 21 mil emprestados. O crédito pode ser parcelado em até 36 vezes pelo BRB, com juros de 0,7% ao mês.
Ao receber o incentivo, o microempresário pode aplicar o recurso em capital de giro, custeio agrícola e investimento. Capital de giro é quando a empresa precisa manter dinheiro em caixa para assegurar a oferta de serviços, como venda a prazo, pagamento de fornecedores e manutenção de estoques, e para custear as necessidades do dia a dia.
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O custeio agrícola refere-se à compra de produtos básicos da atividade, como sementes, maquinários, adubos e fertilizantes. O investimento é a aplicação de um recurso em uma atividade, como uma reforma, compra de mercadorias, aumento de estoque, com o objetivo de promover novos rendimentos e lucros às empresas.
A concessão de empréstimos está suspensa, e ainda não há previsão de quando os recursos voltarão a ser liberados.
Edição: Raquel Flores