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24/08/2016 às 19:26, atualizado em 24/08/2016 às 22:48
O objetivo é preservar a segurança das pessoas que quiserem acompanhar a votação na Esplanada dos Ministérios a partir de quinta-feira (25)
O Corredor da Democracia será novamente usado no esquema de segurança nos dias de julgamento do impeachment da presidente Dilma Rousseff, a partir de quinta-feira (25). Assim, o plano operacional será o mesmo aplicado em 17 de abril, quando a Câmara dos Deputados aprovou o prosseguimento do processo. À 0 hora de segunda-feira (29), o trânsito no perímetro do Congresso Nacional será interrompido, e o acesso ao Senado Federal, a partir da Câmara dos Deputados, ficará restrito a parlamentares.
A retomada da barreira física de 1 quilômetro de comprimento e 80 metros de largura no canteiro central da Esplanada dos Ministérios para separar os grupos contra e a favor do processo de impeachment leva em consideração a preservação da segurança dos manifestantes e do patrimônio na área. “É uma disputa com um nível bastante tenso. Há evidentes manifestações contrárias de interesses e, portanto, é uma forma de garantir a segurança das pessoas que queiram se manifestar livremente”, disse a secretária da Segurança Pública e da Paz Social, Márcia de Alencar, em entrevista coletiva nesta quarta-feira (24). No corredor, circularão viaturas oficiais.
A divisão de lados será mantida conforme ocorreu nas manifestações anteriores: os pró-impeachment ficam à direita da Esplanada, com concentração no Museu Nacional da República. As caravanas que representam o grupo ficarão acampadas no Parque da Cidade Dona Sarah Kubitschek. Os contra o impedimento de Dilma Rousseff ficarão à esquerda, com concentração no Teatro Nacional Claudio Santoro. Essas caravanas poderão ficar no estacionamento do Ginásio Nilson Nelson.
A expectativa de público tende a aumentar com o passar dos dias. Para quinta-feira (25) e sexta-feira (26), quando as testemunhas de defesa e de acusação no processo serão ouvidas, são esperadas de 50 a 100 pessoas de cada grupo. Nesses dias, o trânsito nas Vias N1 e S1 segue sem interrupção. No sábado (27) e no domingo (28), a circulação de carros também será permitida.
[Numeralha titulo_grande=”1.332″ texto=”Efetivo da Polícia Militar na terça-feira (30), dia em que se iniciará a votação dos senadores.” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
De segunda-feira (29) a quarta-feira (31), a presença de manifestantes na área deve aumentar. São esperadas de 10 a 30 mil pessoas de cada lado, principalmente na terça-feira (30), quando os senadores começam a votar o processo. Nesses três dias, o trânsito nas Vias N1 e S1 será totalmente interrompido.
Durante todo o processo de julgamento será proibido portar bandeiras com mastros e consumir bebida alcoólica na região da Esplanada dos Ministérios. Todos os manifestantes — de ambos os lados — serão vistoriados. A princípio, não estão previstos telões externos para transmissão da votação no Senado Federal.
Na quinta (25) e na sexta-feira (26), 348 policiais militares e 200 policiais legislativos atuarão nas áreas de manifestação e na Galeria das Bandeiras. Também participam da operação cem bombeiros militares. Haverá ainda reforço de pessoal na 5ª Delegacia de Polícia (área central). A greve dos servidores da Polícia Civil do Distrito Federal não vai prejudicar a operação, segundo a secretária da Segurança Pública e da Paz Social. “Em nenhum momento deixamos de contar com a Polícia Civil, pois, assim como ocorreu na Olimpíada, temos planos de contingência para situações como essa [impeachment].”
No sábado e no domingo, 180 policiais militares trabalharão em conjunto com a Polícia Legislativa para fazer a segurança do Congresso Nacional e arredores. Na terça-feira (30), quando começa o julgamento de Dilma Rousseff, o efetivo policial para a área será o maior de todos os dias: 1.332 militares. Se a votação se estender até o dia seguinte — a depender do tempo de fala dos parlamentares — a quantidade será mantida. A operação não significará custos adicionais para o governo de Brasília.
Edição: Paula Oliveira