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08/09/2016 às 15:06, atualizado em 12/09/2016 às 16:11
Campanha ocorrerá em 10 e 17 de setembro. Expectativa é aplicar 240 mil doses em cães e gatos a partir de 3 meses de idade
Depois do recorde de vacinação antirrábica alcançado nas zonas rurais do Distrito Federal em agosto deste ano, com mais de 32 mil animais imunizados, a Secretaria de Saúde do DF está com tudo preparado para a área urbana. Serão duas etapas, em 10 e 17 de setembro, com a meta de aplicar 240 mil doses de vacina contra a raiva em cães e gatos a partir de 3 meses. Os detalhes da campanha foram informados nesta quinta-feira (8), em entrevista coletiva na sede da pasta.
As vacinas estarão disponíveis em mais de 530 postos (244 no dia 10 e 292 no dia 17) — em centros de saúde, núcleos de inspeção sanitária, escolas, comércios e postos policiais, entre outros lugares —, das 9 às 17 horas, com a mobilização de 2 mil pessoas, entre profissionais de saúde e militares. “Podem ser atendidos cães e gatos mesmo que estejam prenhes ou amamentando. Os animais devem ser levados por pessoas adultas, sempre conduzidos na guia, com focinheira no caso dos mais agressivos, ou em caixa de transporte apropriada”, orienta o médico veterinário da Vigilância Ambiental em Saúde Laurício Monteiro da Cruz.
No sábado (10), a campanha ocorrerá em Águas Claras, na Asa Norte, na Asa Sul, na Candangolândia, no Cruzeiro, na Fercal, no Jardim Botânico, no Itapoã, no Lago Norte, no Lago Sul, no Núcleo Bandeirante, no Paranoá, no Park Way, em Planaltina, em São Sebastião, em Sobradinho I e II, no Sudoeste, no Varjão e em Vicente Pires. No dia 17, será a vez de Brazlândia, de Ceilândia, da Estrutural, do Gama, do Guará, do Recanto das Emas, do Riacho Fundo I e II, de Samambaia, de Santa Maria e de Taguatinga.
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Para a vacinação antirrábica deste ano, a Secretaria de Saúde conta com a parceria da Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, das Forças Armadas, da Universidade de Brasília (UnB) e de universidades e faculdades particulares.
A raiva é causada pelo lyssavírus e ataca o sistema nervoso dos mamíferos — primeiramente, o sistema nervoso periférico e, na fase mais grave da doença, o central. A transmissão se dá por meio da saliva e de secreções do animal infectado, principalmente por arranhadura ou mordedura.
Os cães e gatos e os mamíferos silvestres, como morcegos e raposas, são considerados os animais de alto risco. “O foco da campanha é em cães e gatos porque eles são os principais reservatórios do vírus da raiva. Queremos manter o DF sem casos da doença e, por isso, pedimos para que a população traga os animais para serem vacinados”, reforçou o subsecretário de Vigilância à Saúde, Tiago Coelho, na entrevista coletiva. A capital federal teve os últimos casos de raiva registrados em cães e gatos em 2000 e 2001, respectivamente.
Estima-se que, anualmente, a rede pública de saúde do DF atenda 15 mil vítimas de agressão de animais domésticos. A orientação do veterinário Laurício Monteiro é que a pessoa mordida lave imediatamente o ferimento com água e sabão em barra, procure o centro de saúde mais próximo e comunique a situação ao Disque Saúde (160).
O animal com suspeita de raiva deverá ficar em observação por dez dias, em local seguro, recebendo água e comida normalmente.
Em seres humanos, o tempo entre a infecção e o aparecimento da doença varia de 7 a 10 dias. Entre os sintomas estão convulsão, febre baixa, perda de função muscular, excitabilidade, agitação e ansiedade.
Veja a lista de postos do dia 10 e do dia 17.
Edição: Marina Mercante