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20/09/2016 às 17:52, atualizado em 06/12/2016 às 19:47
Comandos locais das forças de segurança terão cerca de dois meses para apresentar resultados com base no que foi acordado nesta terça-feira (20)
A Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social voltou a se reunir com representantes das forças de segurança para tratar de ações que visam diminuir os índices de crimes contra o patrimônio em parte das oito regiões que concentram mais de 65% dos registros de violência no Distrito Federal. Na manhã desta terça-feira (20), foram discutidas medidas para Planaltina e São Sebastião, que integram a Região Integrada de Segurança (Risp) Leste, formada também por: Fercal, Itapoã, Jardim Botânico, Lago Norte, Paranoá e Sobradinho.
Segundo a secretária Márcia de Alencar Araújo, já se traçaram plano de ação para áreas da Risp Leste, da Risp Metropolitana e da Risp Sul, com o prazo para a cobrança de resultados de todas as forças. Os comandos reunidos hoje têm até 16 de novembro para apresentar o saldo do acordado no encontro. Integram a Risp Metropolitana Cruzeiro, Estrutural, Guará, Lago Sul, Octogonal, Plano Piloto, Setor Complementar de Indústria e Abastecimento (Scia) e Setor de Indústria e Abastecimento (SIA). A Risp Sul abrange Candangolândia, Jardim Botânico, Núcleo Bandeirante, Park Way, Riacho Fundo e Santa Maria.
Entre as demandas levadas pelos presidentes dos conselhos comunitários de segurança e pelos administradores regionais, que também participam das discussões, está a continuidade de projetos sociais desenvolvidos pelos batalhões de Polícia Militar e, no caso de Planaltina, a reativação do conselho comunitário rural.
As medidas propostas pelos representantes das forças para as duas regiões envolvem a maior articulação entre os órgãos, o aumento no número de palestras do Corpo de Bombeiros Militar nas escolas e o reforço do policiamento nas ruas em horários mapeados como mais críticos.
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Para a secretária Márcia, é necessário ainda que as ações envolvam a mudança da relação entre a juventude e o sistema de segurança pública, sobretudo a Polícia Militar. “As polícias precisam desenvolver estratégias de aproximação da comunidade. Não queremos perder a juventude para o sistema socioeducativo ou para o prisional”, resumiu. Ela defende que a abordagem seja mais humana e parta do princípio do policiamento comunitário.
No fim da tarde de ontem, a secretária reuniu-se com comandantes dos batalhões de Polícia Militar e com o comandante-geral da PM, coronel Marcos Antônio Nunes, para discutir ações com foco na juventude. Segundo Márcia, foram mapeados cerca de 3,6 mil jovens reincidentes envolvidos com uma parcela significativa de crimes contra o patrimônio nas oito regiões consideradas mais críticas: Ceilândia, Estrutural, Planaltina, Plano Piloto, Samambaia, Santa Maria, São Sebastião e Taguatinga.
[Olho texto='”Vamos ser vigilantes com os 3,6 mil jovens que são reincidentes em relação aos crimes.”‘ assinatura=”Márcia de Alencar Araújo, secretária da Segurança Pública e da Paz Social” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
No encontro, ficaram acertadas medidas integradas das quatro forças de segurança em horários e locais mapeados e a criação de uma ação de acompanhamento a pessoas de 16 a 24 anos de idade. “A operação mais expressiva vai replicar a metodologia do Provid [programa Policiamento de Prevenção Orientado à Violência Doméstica], da Polícia Militar. Vamos ser vigilantes com os 3,6 mil jovens que são reincidentes em relação aos crimes”, explicou a secretária. Ela adiantou que a ideia é assisti-los na escola, na rua e até mesmo nas próprias casas.
A expectativa é que os resultados apareçam em novembro e haja possíveis correções em dezembro. A meta é baixar pelo menos 8% nos índices de roubos e furtos.
Na semana que vem, uma nova reunião ocorrerá, dessa vez para tratar de ações específicas para Samambaia, Taguatinga e Ceilândia — parte da Risp Oeste, da qual também fazem parte Águas Claras, Brazlândia e Vicente Pires.
Edição: Raquel Flores