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13/10/2016 às 15:28, atualizado em 13/10/2016 às 16:26
IPCA variou 0,22% em relação ao mês anterior. Os valores em Brasília somados nos nove meses de 2016 ainda são os mais baixos entre as capitais brasileiras pesquisadas
O grupo de consumo alimentação e bebidas foi a principal razão para que a inflação em Brasília diminuísse em setembro de 2016. No mês passado, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 0,22%, abaixo do 0,25% verificado em agosto. Os dados foram levantados em pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 13 capitais brasileiras. A Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) divulgou nesta quinta-feira (13) análise dos dados, na sede da companhia.
A deflação do grupo de alimentação foi de 0,55% em relação ao mês anterior. Além dele, os grupos artigos de residência (-0,55%) e vestuário (-0,59%) também tiveram influência na diminuição do índice em Brasília. Desses três grupos, porém, a alimentação é a que tem mais peso sobre a inflação geral.
Mesmo com a redução, o IPCA em setembro no DF foi maior que o do País, de 0,08% em relação a agosto. No entanto, os valores de Brasília somados nos nove primeiros meses de 2016 ainda são os mais baixos entre as 13 capitais brasileiras pesquisadas. De janeiro a setembro, o índice acumulado foi de 3,8% em relação a 2015. Curitiba é a segunda com a menor variação, de 4,15%. O IPCA mede o consumo de famílias com renda de até 40 salários mínimos.
Ao contrário do IPCA, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de Brasília teve aumento na inflação de setembro (0,17%) em relação a agosto (0,05%). O impacto principal foi dos preços de gás de cozinha e de energia elétrica. O índice calcula as variações de valores para famílias com renda de até cinco salários mínimos.
O crescimento no mês não refletiu nos dados de 2016. Assim como o IPCA, o INPC acumulado de janeiro a setembro no DF é o menor das 13 capitais pesquisadas pelo IBGE, com 3,7% em relação a 2015. “De modo geral, percebe-se que a inflação deu uma arrefecida em 2016 e deve fechar o ano abaixo da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional de 6,5%”, disse o gerente de Contas e Estudos Setoriais da Codeplan, Jusçanio Umbelino de Souza, durante a divulgação.
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Segundo ele, o cenário positivo não significa que a crise econômica foi superada. “A despeito da melhor performance, vivemos um período crucial. Seja no contexto do governo, da questão orçamentária, seja no âmbito da economia doméstica.”
O economista da Centrais de Abastecimento do DF (Ceasa-DF) João Bosco concorda. “Foi uma infelicidade que tivemos uma crise política, uma econômica e uma climática quase ao mesmo tempo. Com a possibilidade de taxação extra na água, é possível que a população economize na compra de produtos”, opinou.
O Índice Ceasa do DF (ICDF) também apresentou queda nos valores de alimentos no DF em setembro. Os preços de frutas, de legumes, de ovos, de grãos e de verduras diminuíram. Como resultado, o ICDF teve decréscimo de 5,48% em relação a agosto.
As frutas tiveram a maior diminuição de preços (5,63%) devido à queda do valor da goiaba, de 45,02%. Segundo João Bosco, a mudança já era esperada porque o fruto se encontrava no período de safra. O morango teve produção em alta e o mamão formosa foi influenciado pelo início das chuvas na Bahia, onde é cultivado em maior quantidade. O item legumes teve redução de 5,27%; ovos e grãos, de 3,21%; e verduras, de 3,24%.
Edição: Paula Oliveira