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25/11/2016 às 08:40, atualizado em 06/12/2016 às 18:53
Iniciativa faz parte do programa Ame, mas não Sofra, da Secretaria de Justiça e Cidadania. O objetivo é capacitar pessoas para enfrentamento da dependência química
As inscrições para o curso se encerram na segunda-feira (28), e não abrem nesse dia, conforme informado anteriormente.
Informação é fundamental para ajudar um familiar dependente químico. Para suprir essa necessidade, será ministrado a partir de 29 de novembro o 2º Curso de Multiplicadores de Apoio às Famílias, no auditório da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde, na W3 Norte.
A iniciativa é uma das linhas do programa Ame, mas não Sofra, da Subsecretaria de Políticas para Justiça, Cidadania e Prevenção ao Uso de Drogas, da pasta de Justiça e Cidadania. O objetivo é dar suporte a familiares de usuários em relação aos cuidados e às abordagens possíveis no enfrentamento do vício.
Outro aspecto importante da capacitação é o reconhecimento da codependência, ou seja, a situação enfrentada por aqueles que acompanham a rotina de um dependente químico. Mesmo que eles não consumam nenhuma substância, também ficam reféns do problema.
[Olho texto=”As famílias ficam extremamente perdidas sobre o que fazer. Os multiplicadores podem auxiliar no processo” assinatura=”Hugo Lima, subsecretário de Políticas para Justiça, Cidadania e Prevenção ao Uso de Drogas” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
Podem participar parentes de dependentes químicos em qualquer grau. Por meio de palestras e oficinas, os inscritos discutem temas como a importância do apoio da família no enfrentamento do problema, o trabalho desenvolvido pelas comunidades terapêuticas e as formas de romper com a codependência.
Assim, com os esclarecimentos adquiridos no curso, os participantes têm condição de repassar o aprendizado às pessoas com quem convivem e que estejam em situação semelhante.
A ideia é facilitar o contato com os programas de atendimento do governo. “As famílias ficam extremamente perdidas sobre o que fazer. Elas têm dificuldade em procurar informações, e os multiplicadores podem auxiliar no processo”, afirma o subsecretário de Políticas para Justiça, Cidadania e Prevenção ao Uso de Drogas, Hugo Lima.
As inscrições vão até segunda-feira (28), por meio do site da secretaria, do e-mail inscricoes.ame@gmail.com ou dos telefones (61) 2104-1870 e 2104-1819.
Em três anos de atividades do programa, o nível de aprovação é alto. Levantamento da Secretaria de Justiça e Cidadania ouviu 237 pessoas, entre 6 e 31 de outubro deste ano, e encontrou um índice de satisfação de 56%. A maioria delas — 59% (139 em números absolutos) — teve contato com a iniciativa por meio do Curso de Multiplicadores.
[Numeralha titulo_grande=”594 mil” texto=”Habitantes do DF com algum familiar dependente de drogas” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
Desde 2013, a iniciativa atendeu 3.376 pessoas, sendo 1.325 por meio do curso, 1.942 nas unidades de apoio às famílias e 109 na unidade itinerante — outras duas linhas de atuação do projeto.
Mães são os familiares que mais procuram o programa, como mostra a pesquisa. Elas são 46% dos participantes. Em segundo lugar — 14% dos participantes — aparecem as companheiras de usuários.
O Distrito Federal tem 594 mil habitantes com algum familiar adicto, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Em 34% dos casos de vício, a maconha é a droga mais consumida. Em seguida, vem o álcool, com 25% dos registros
A dependência química se concentra em duas faixas etárias: dos 21 aos 30 anos e a partir dos 41 anos, de acordo com a pesquisa. Nos adultos jovens, o vício está ligado a problemas na família, como ausência do pai ou da mãe durante a adolescência.
Na fase madura, ela está relacionada à vulnerabilidade social, geralmente provocada pela perda do emprego. Em ambos os casos, é necessário fortalecer o convívio familiar e resolver os conflitos domésticos para ajudar o adicto.
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Edição: Vannildo Mendes