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28/11/2016 às 18:09, atualizado em 07/12/2016 às 11:15
Teste com veículos adaptados, feito nesta segunda (28), mostrou diminuição de até 30 decibéis na operação. Instrução normativa que rege a questão foi publicada na última semana
O Serviço de Limpeza Urbana (SLU) apresentou, nesta segunda-feira (28), as adaptações em contêineres e caminhões compactadores para redução de ruídos provocados durante a coleta pública de resíduos.
A padronização de procedimentos operacionais e dos equipamentos, além de orientações à população quanto ao correto acondicionamento de resíduos, está na Instrução Normativa nº 114, de 24 de novembro de 2016, publicada na sexta-feira (25), no Diário Oficial do Distrito Federal.
De acordo com a autarquia, o barulho produzido durante o recolhimento é uma das reclamações frequentemente recebidas. Ocorre quando a tampa é aberta e bate na lateral da caçamba de metal. O ruído é maior quando o veículo suspende o reservatório de lixo e o sacode para esvaziar.
Em testes com caminhão e contêiner de metal sem adaptação, feitos nesta manhã, foi atingido o pico de 93 decibéis. Com o veículo adaptado, o barulho atingiu o mínimo de 63 decibéis e de 84 no máximo.
[Olho texto='”Em áreas mistas, que têm comércio e residência, precisamos cuidar para que o ruído seja reduzido durante a operação da coleta de lixo à noite”‘ assinatura=”Kátia Campos, diretora-presidente do SLU” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
Para chegar ao texto da instrução, foram feitas cinco séries de testes voltados ao estudo de alternativas para minimizar ruídos nas coletas com caminhões compactadores e contêineres.
A instrução se destina ainda a adequar a prestação do serviço de coleta às normas vigentes, como a Lei Distrital nº 4.092, de 30 de janeiro de 2008, e a reduzir riscos sanitários e ambientais, como a poluição sonora.
Segundo a diretora-presidente do SLU, Kátia Campos, a autarquia reconhece o dever de tomar providências para minimizar a poluição sonora. “Em áreas mistas, que têm comércio e residência, precisamos cuidar para que o ruído seja reduzido durante a operação da coleta de lixo à noite”, exemplifica.
Mas ela lembra que a população tem também papel fundamental. “Muitas vezes os contêineres estão velhos, com rodinhas de difícil manuseio e fazendo barulho no contato com o solo, sem higienização de forma adequada, e com lixo grudado ao fundo.”
Os prestadores de serviços de coleta contratados pelo SLU devem adequar os veículos utilizados, de acordo com as especificações técnicas apresentadas na instrução normativa. A frota atual é de 127 caminhões, e a ideia é que as adaptações estejam prontas em 90 dias.
[Numeralha titulo_grande=”90 dias” texto=”Prazo para que os prestadores de serviço adequem os veículos da frota às normas antipoluição sonora” esquerda_direita_centro=”direita”]
As empresas precisam adotar protocolo operacional, com orientações do padrão a serem seguidas pelos empregados, relacionadas à correta manipulação dos equipamentos. Os protocolos serão avaliados pela autarquia.
Nas coletas noturnas, prestadores de serviço e autarquia avaliarão, sempre que necessário, a possibilidade de alteração de trechos e antecipação de horários, visando à redução dos ruídos. Serão consideradas, para isso, a viabilidade técnico-econômica, as condições das vias e as características dos veículos.
A instalação de recipientes e contêineres para o acondicionamento dos resíduos até a coleta, bem como a limpeza e a manutenção desses objetos, são de responsabilidade dos usuários do serviço público.
Os resíduos domésticos precisam estar em sacos plásticos fechados, armazenados em cestos ou contêiner (no caso de prédios). Os recicláveis secos precisam estar separados dos demais.
Devem ser utilizados, preferencialmente, contêineres identificados, com cores que variem de acordo com o resíduo acondicionado: verde para recicláveis secos e cinza para os úmidos e indiferenciados, como fraldas descartáveis e papeis higiênicos.
Sobre os contêineres, a instrução traz que, preferencialmente, devem ser utilizados os não metálicos — composto em polietileno de alta densidade — ou os feitos de metal, mas com adaptações para redução dos ruídos.
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A orientação, segundo Kátia Campos, é que a população, se continuar com a opção metálica, faça todas as adaptações de tal forma que, na conexão com o caminhão, o ruído seja reduzido. “Ou, na melhor das hipóteses, que troque o contêiner por um de plástico, que não precisa de adaptação, é resistente e tem muito mais facilidade de limpeza, além de ser mais leve e fazer menos ruído”, destaca.
Testes que simularam a colocação de sacos de lixo nos contêineres por um zelador, por exemplo, mostraram que o simples ato de levantar a tampa do recipiente em cerca de 50 centímetros e soltá-la atingiu 88,3 decibéis no caso do material de metal sem adaptações. Com o adaptado, chegou a 78 e no de plástico, a 72.
Os recipientes precisam ser lavados e mantidos em condições de uso, além de limpos com esfregão, detergente, desinfetante ou água sanitária uma vez por semana, no mínimo. A limpeza deve ocorrer com equipamentos de proteção individual, e o líquido resultante deve ser descartado na rede de esgoto. A utilização de contêiner com registro na parte inferior facilita os trabalhos.
Edição: Vannildo Mendes