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02/12/2016 às 11:55, atualizado em 09/12/2016 às 08:57
Proposta de compras compartilhadas entre as unidades federativas participantes, especialmente na saúde, foi um dos temas do encontro na Residência Oficial de Águas Claras, nesta sexta (2)
Na última reunião do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento do Brasil Central em 2016, governadores de quatro estados e o do DF, Rodrigo Rollemberg, aproveitaram para estreitar ainda mais os laços. Entre os temas, a possibilidade de compras compartilhadas, especialmente na saúde, entre as unidades da Federação participantes.
Os esforços também concentraram-se na crise nacional que afeta os estados. Os desafios dos chefes de Executivo em tomar medidas de ajustes da economia são peças-chave. O pacto pela austeridade e pelo crescimento econômico, fechado pelo Fórum Permanente de Governadores com o governo federal, foi lembrado como prioritário para definir os rumos do País.
Questionado sobre propostas do setor produtivo para auxiliar a administração pública na retomada de empregos, Rodrigo Rollemberg destacou a importância das sugestões. “Recebemos muito positivamente contribuições. O consórcio tem feito isto: ouvido especialistas para avançar em uma forma integrada de gestão.”
Participaram do encontro na Residência Oficial de Águas Claras os governadores de Goiás, Marconi Perillo, de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, de Rondônia, Confúcio Moura, e do Tocantins, Marcelo Miranda. O governador de Mato Grosso, Pedro Taques, foi representado pelo secretário de Planejamento, Gustavo de Oliveira. Nesta manhã, Perillo foi reeleito presidente do consórcio. O mandato vale para 2017.
Os quatro governadores presentes na reunião do Consórcio de Desenvolvimento do Brasil Central receberam o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Eles discutiram o quadro econômico nacional e os ajustes nas contas dos estados.
O governador Rollemberg sintetizou o encontro à imprensa. “Discutimos a necessidade de promover reformas estruturantes em cada estado”, disse, antes de elencar algumas feitas pelo DF. “Reduzimos o número de secretarias de 38 para 18, cortamos 5 mil cargos comissionados e diminuímos os valores dos maiores contratos.”
Além de Rollemberg, de Meirelles e dos outros governadores, participaram da conversa o senador Cyro Miranda (PSDB-GO) e o secretário de Planejamento de Mato Grosso, Gustavo de Oliveira.
Apresentação da empresa Macroplan, que presta consultoria sobre gestão pública, mostrou os desafios dos estados. O recorte foi analisado com um destaque positivo: o Brasil Central hoje representa 10,4% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, maior porcentual já registrado.
[Olho texto='”O consórcio tem feito isto: ouvido especialistas para avançar em uma forma integrada de gestão”‘ assinatura=”Rodrigo Rollemberg, governador de Brasília” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
Há a vontade de se estabelecer um mercado comum entre os estados do Brasil Central. As tratativas são feitas no âmbito das Secretarias de Fazenda, mas não houve a decisão por um modelo. A ideia é chegar a esse ponto em 8 de dezembro, data da próxima reunião do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz).
“Discutimos ferramentas para alavancar o desenvolvimento do Brasil Central. A região tem tido crescimento bem superior ao resto do País nos últimos anos. Avançamos nesse último encontro ao reeleger o presidente, na proposta de um mercado comum, na sinergia nas compras em áreas como saúde e educação. Vamos começar parceria entre as unidades da Emater para alavancar a extensão rural”, resumiu a secretária de Planejamento, Orçamento e Gestão do DF, Leany Lemos.
Na reunião, a Agência de Desenvolvimento do DF (Terracap) apresentou aos integrantes do Brasil Central o projeto do parque tecnológico Biotic. A ideia é buscar investidores para a criação do Fundo de Investimento em Participações, com 51% administrados por parceiros privados e 49% pela Terracap. A concorrência para contratação de agente financeiro será aberta na quarta-feira (7).
Fixada por lei em 2002, a área destinada ao parque tecnológico tem 1,2 milhão de metros quadrados, entre a Granja do Torto e o Parque Nacional de Brasília, com capacidade para abrigar cerca de 1,2 mil empresas. Hoje, funcionam no local os centros de processamento de dados do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal e uma subestação da Companhia Energética de Brasília (CEB). O governo quer atrair de startups a multinacionais para aumentar a cooperação e criação de negócios entre empresas, universidades e centros de pesquisa.
Principal empreendimento do governo de Brasília na área de ciência, tecnologia e inovação, o Biotic integra a lista de locais prioritários do governo para firmar parcerias com a iniciativa privada.