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22/12/2016 às 17:44, atualizado em 22/12/2016 às 20:10
Anúncio foi feito nesta quinta-feira (22) na sede da Adasa-DF. De acordo com estudo, poluição difusa provocou aumento de cianobactérias em novembro
O trecho do Lago Paranoá interditado em novembro — das proximidades da Ponte das Garças até a Ponte Honestino Guimarães — volta a ser liberado para pesca e banho. A medida foi anunciada por representantes do governo de Brasília na tarde desta quinta-feira (22), na sede da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento do Distrito Federal (Adasa-DF). Após análise de amostras da água, a conclusão é que a mancha verde no reservatório e a morte de peixes foram causadas por poluição difusa.
Além da Adasa, participaram da investigação as equipes da Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb), do Instituto Brasília Ambiental (Ibram) e da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap).
“Não encontramos um único fator para justificar o crescimento das cianobactérias, foi uma série de fatores, inclusive de atuação humana”, explicou o diretor-presidente da Adasa, Paulo Salles. Assim, esgotos clandestinos e condições provocadas pelas chuvas estão entre as causas do problema.
Com a chegada das chuvas fortes, as águas pluviais que escoaram para o lago — por meio de galerias e bocas de lobo — levaram nutrientes, entre eles o fósforo, essenciais para a proliferação de cianobactérias, que estão presentes nas águas mesmo em situações de normalidade.
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Além disso, a cidade passou por um período de estiagem antes. Com o nível baixo, houve acúmulo de nutrientes e micro-organismos em áreas de remanso. Quando refeito o fluxo da água, com as chuvas, esse material foi levado para dentro do Paranoá.
Outra característica da poluição difusa no lago é a liberação de dejetos humanos diretamente nas águas por embarcações sem armazenamento. Brasília tem uma das maiores frotas fluviais do País.
O relatório que investigou a mancha verde também aponta que a proliferação está relacionada ao uso e à ocupação da superfície em toda a bacia do Paranoá. São citados o desmatamento, as ocupações irregulares e a impermeabilização do solo.
“Fazemos a limpeza das galerias de águas pluviais em todas as cidades e temos identificado diversas ligações de esgoto na rede de drenagem”, pontuou o diretor-presidente da Novacap, Júlio Menegotto. Isso interfere na qualidade da água que chega ao Lago Paranoá por meio de quatro afluentes: o Ribeirão do Torto, o Ribeirão Bananal, o Ribeirão Gama e o Riacho Fundo. Esse último está com a água em piores condições. Uma das razões é que ele percorre áreas altamente urbanizadas e recebe esgoto não tratado.
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Para evitar que a proliferação de cianobactérias se repita, a presidente do Ibram, Jane Vilas Bôas, pediu apoio da população. “As matas ciliares (vegetação nas margens de lagos e rios) filtram o que vem com as forças das primeiras chuvas, mas as pessoas jogam resíduos, já vi sofá, capô de carro.” O presidente da Caesb, Maurício Luduvice, afirmou que obras de infraestrutura para melhoria da qualidade da água no DF seguirão como prioridade.
Entre as ações há ainda o reforço na fiscalização e na limpeza de bocas de lobo. “Aumentamos a disponibilidade de água, fechamos as comportas, limitamos o acesso às áreas, tudo isso contribuiu para resolver o problema agora”, ponderou o presidente da Adasa, Paulo Salles.
Sete placas de alerta colocadas no trecho afetado serão retiradas. “Sabemos que a procura é maior no fim do ano. Vamos retirar as placas, e as pessoas poderão usar o lago. No réveillon da Prainha, por exemplo, que é sempre procurado, ele poderá ser usado sem problemas”, reforçou Salles.
Edição: Marina Mercante