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26/01/2017 às 19:19, atualizado em 27/01/2017 às 10:48
Os longas são exibidos no Cine Brasília com adaptações para vários tipos de deficiência. A mostra segue até domingo (29) e tem entrada gratuita
Assistir a uma sessão de cinema pode ser momento de dificuldade para determinadas pessoas. Justino Bastos, de 45 anos, que sofre de deficiência visual, não frequenta as salas convencionais por falta de acessibilidade. Nesta quinta-feira (26), a história foi diferente, com o início da primeira edição do Festival de Férias Cine Brasília Inclusivo.
Na programação, o Cine Brasília (106/107 Sul), que já oferece estrutura física para receber pessoas com deficiência, exibe até domingo (29) filmes com recursos como audiodescrição, para quem tem problemas visuais, e legendas, para o caso de dificuldade auditiva. Foi o suficiente para tirar de casa Bastos e a namorada, Denise Braga.
Ele perdeu a visão há 13 anos, devido à contaminação por um vírus que lhe danificou a retina. Bastos era motorista de caminhão e teve que se aposentar por invalidez. Denise, que é nutricionista e professora, não enxerga há 12 anos por causa da diabetes.
[Olho texto='”Estamos aqui não só para prestigiar, mas para incentivar que todos os filmes sejam acessíveis”‘ assinatura=”Denise Braga, nutricionista e professora” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
Restou aos dois a adaptação. “Tem muitas coisas que já são adaptadas para nós, mas na maioria das vezes somos nós que temos que nos ajustar para conviver na sociedade”, conta ele.
Junto há três anos, o casal estimula a criação de espaços que possam receber pessoas com deficiência. “Estamos aqui não só para prestigiar, mas para incentivar que todos os filmes sejam acessíveis. Sem a audiodescrição nós não conseguimos compreender o sentido da história”, explica Denise, de 37 anos.
O projeto é uma iniciativa da Subsecretaria de Cidadania e Diversidade Cultural, da Secretaria de Cultura, que tem a função de criar mecanismos de inclusão. “O objetivo do evento é trazer um espaço de lazer para pessoas que muitas vezes não frequentam o cinema por faltar atendimento específico”, comenta a gerente de Inclusão e Acessibilidade da pasta, Bárbara Barbosa.
Segundo ela, conforme determina a Instrução Normativa nº 128, de 2016, da Agência Nacional do Cinema (Ancine), é obrigação das distribuidoras lançar os títulos com o recurso da audiodescrição. Mas por ser uma decisão nova, muitos filmes ainda não são acessíveis.
O longa-metragem Paratodos (2016), de Marcelo Mesquita, foi o escolhido para exibição de abertura do festival. O documentário conta a história de atletas paralímpicos que superaram suas deficiências para participar das Paralimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro.
O filme mostra a rotina de treinos e competições que antecederam o evento. E conta com personagens como Alan Fonteles, Terezinha Guilhermina, Yohansson Nascimento e Fernando Fernandes. Após a exibição, o público participou de conversa com o atleta José Higino, da Seleção Brasileira de Rúgbi em Cadeira de Rodas.
A atriz e escritora Liane Martin Collares, de 53 anos, participou da estreia do festival e será uma das integrantes do diálogo pós-exibição, nesta sexta-feira (27). Portadora da síndrome de Down, ela atuou na websérie Geração 21 (2017), que será exibida amanhã. “Minha personagem é como eu, independente. Demonstra que não há barreiras para pessoas com deficiência”, comenta.
[Olho texto='”Minha personagem é como eu, independente. Demonstra que não há barreiras para pessoas com deficiência”‘ assinatura=”Liane Martin Collares, atriz e escritora” esquerda_direita_centro=”direita”]
No sábado (28), ela também participará de uma conversa, logo após a exibição de Colegas (2013), dirigido por Marcelo Galvão. O filme conta a história de pessoas com a síndrome.
A manhã de domingo (29), de encerramento do festival, será voltada a crianças do espectro autista ou que tenham outras deficiências intelectuais. “O ambiente será menos iluminado, o som mais baixo, e haverá uma área com brinquedos para as crianças”, acrescenta a gerente da Secretaria de Cultura.
Um grupo de dez monitores voluntários apoiará os pais com as crianças. Será exibida a animação Os Smurfs (2011), de Raja Gosnell, seguida de conversa com membros do coletivo Sessão Azul, que promove esse tipo de evento.
1º Festival de Férias Cine Brasília Inclusivo
De 26 a 29 de janeiro (quarta-feira a domingo)
No Cine Brasília (106/107 Sul)
Entrada gratuita
Sexta-feira (27)
Às 15 horas – Geração 21 (2017) com legendas
Das 17 às 18 horas – Roda de conversa com integrantes da ONG DFDown
Sábado (28)
Às 15 horas – Colegas (2013) com legendas
Das 17 às 18 horas – Conversa com a escritora Liane Collares, da Associação DFDown, e participante da websérie Geração 21
Domingo (29)
Às 10 horas – Os Smurfs (2011) com legendas e ambientação para crianças do espectro autista
Das 11h40 ao meio-dia – Conversa com integrantes do coletivo Sessão Azul e encerramento do festival
Edição: Vannildo Mendes