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14/03/2017 às 20:09, atualizado em 20/06/2017 às 14:55
Estrutura construída no lado norte do reservatório reforçará o fornecimento no Distrito Federal
O recurso de R$ 55 milhões para executar o plano de captação emergencial de água no Lago Paranoá deverá ser liberado pela União nesta quarta-feira (15).
A previsão é que o presidente da República, Michel Temer, assine o documento que autoriza a transferência do recurso do Ministério da Integração Nacional para o Executivo local, em reunião marcada para a tarde de amanhã com o governador Rodrigo Rollemberg.
[Olho texto='”A nossa expectativa é que, em setembro, nós já estejamos captando água do Lago Paranoᔑ assinatura=”Rodrigo Rollemberg, governador de Brasília” esquerda_direita_centro=”direita”]
Com o dinheiro empenhado, a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) iniciará imediatamente a licitação e a compra dos equipamentos necessários para a construção de uma estrutura flutuante no Lago Norte.
A ideia é direcionar água para tratamento à beira do reservatório, onde será instalada uma estação compacta com capacidade para captar 700 litros de água por segundo por meio de seis tanques.
O novo bolsão vai reforçar o fornecimento de água de regiões administrativas abastecidas pela barragem do Descoberto. “A nossa expectativa é que, em setembro, nós já estejamos captando água do Lago Paranoá”, afirmou o governador Rodrigo Rollemberg.
O plano do Executivo para o enfrentamento imediato da crise hídrica contempla também a instalação de um sistema de bombeamento nas proximidades do Parque da Cidade Dona Sarah Kubitschek, que permitirá a algumas localidades abastecidas pela Barragem do Descoberto receber água do Reservatório de Santa Maria, reduzindo a demanda da primeira.
São elas Guará I e II, Lucio Costa, Colônia Agrícola Águas Claras, Quadras de 1 a 5 do Setor de Mansões Park Way, Candangolândia, Núcleo Bandeirante e algumas quadras de Águas Claras.
Rollemberg anunciou que vai recorrer da decisão da 3º Vara da Fazenda Pública, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), que obriga a Agência Reguladora das Águas (Adasa) a fixar um prazo para o fim do racionamento no DF.
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Segundo o governador, a incerteza sobre como estarão os níveis das barragens do Descoberto e de Santa Maria no período de seca torna difícil para o poder público estabelecer uma data.
“Vamos recorrer, pois não temos como estimar qual será o volume de água que teremos nas duas barragens. Isso vai depender muito da evolução das chuvas e da capacidade de armazenamento delas”, explicou.
O governo de Brasília trabalha em outras frentes para aumentar a capacidade de armazenamento, tratamento e distribuição de água potável no DF.
Em novembro de 2016, começaram as obras da Represa do Bananal, que deve ficar pronta em um ano e levará água para moradores do Plano Piloto, do Cruzeiro e do Lago Norte — 170 mil pessoas. A capacidade de vazão é de 726 litros por segundo.
Outra obra em curso é a construção de sistema de captação e distribuição de água na Barragem de Corumbá 4, próximo a Luziânia (GO). Com investimentos do DF, de Goiás e do governo federal, o reforço deve ficar pronto no fim de 2018.
Edição: Marina Mercante