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03/04/2017 às 11:42, atualizado em 24/05/2017 às 09:51
Levantamento foi feito pela Codeplan, por telefone, com moradores de todas as regiões administrativas do DF. Ação da Agefis em outros quesitos também foi avaliada
As ações de recuperação da orla do Lago Paranoá promovidas pelo governo de Brasília desde agosto de 2015 são avaliadas como positivas por 80% da população. Além disso, os trabalhos nesse sentido são considerados justos: 60% dos entrevistados apontaram que a Agência de Fiscalização (Agefis) atua igualmente em áreas de pessoas com maior e menor poder aquisitivo.
Os dados constam da pesquisa de opinião da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) sobre a atuação da Agência de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis), apresentada nesta segunda-feira (3) no Salão Nobre do Palácio do Buriti.
Foram ouvidos por telefone, de 6 a 17 de março deste ano, 4.377 moradores de todas as regiões administrativas. A pesquisa foi feita via central de atendimento ao cidadão (telefone 156).
Para o governador Rodrigo Rollemberg, os resultados demonstram que as pessoas querem os espaços públicos democratizados. “Esse apoio mostra uma percepção de que o Lago Paranoá é dos locais mais preciosos do Distrito Federal e precisa ser compartilhado por todos. O lago é a nossa praia, e a praia não pode ser privatizada. É um espaço de entretenimento e lazer gratuito”, defendeu, durante a apresentação dos números.
O governador destacou ainda ações feitas pelo governo de Brasília no que diz respeito à legalidade, como as mais de 25 mil escrituras entregues e as mudanças no Programa de Apoio ao Empreendimento Produtivo do Distrito Federal (Pró-DF).
Quando questionados se já ouviram falar das ações da Agefis para desobstruir a orla do lago Paranoá, 93% dos respondentes disseram que sim. A ação é considerada necessária para 85% dos entrevistados, e 75% acreditam que não houve excessos por parte da agência de fiscalização.
[Olho texto='”O lago é a nossa praia, e a praia não pode ser privatizada. É um espaço de entretenimento e lazer gratuito”‘ assinatura=”Rodrigo Rollemberg, governador de Brasília” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
No entanto, 52% acreditam que a operação não resolveu o problema. “Até aqui, nós fizemos a desobstrução. A população apoia, entende que é correto, mas quer usufruir do lago. E como ainda estamos fazendo as obras de infraestrutura, 52% acham que esse trabalho é insuficiente”, frisou Rollemberg, que acredita que os números tendem a melhorar quando o espaço for devolvido para uso da comunidade.
A diretora-presidente da Agefis, Bruna Pinheiro, disse não haver justificativa para ocupação de áreas públicas. Sobre a orla, completou: “Estamos ouvindo a população e temos um projeto muito bem definido. A desocupação é pré-requisito para qualquer outra coisa, não dá para desenvolver um projeto sem ter acesso ao local”.
A apresentação dos dados foi feita pelo presidente da Codeplan, Lucio Rennó. “Essa pesquisa faz parte do nosso Laboratório de Avaliação da Gestão Pública, onde desenvolvemos novas tecnologias de acompanhamento e de avaliação dos serviços prestados pelo governo”, explicou.
O secretário de Gestão do Território e Habitação, Thiago Teixeira de Andrade, também participou da mesa.
Além da desocupação da orla do Lago Paranoá, os entrevistados foram questionados sobre as ações e atribuições da Agefis.
Os entrevistados demonstraram ter consciência dos prejuízos da grilagem de terra. Quando questionados sobre a principal consequência disso no dia a dia, a falta de água aparece com 27%, seguida dos hospitais superlotados, com 25%.
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As percepções, no entanto, diferem-se quando avaliadas por grupo de renda. Para o grupo 1, de alta renda, formado por regiões como Lago Sul e Park Way, a falta de água lidera, com 30%. Já para o grupo 4, de baixa renda, a principal consequência apresentada são os hospitais superlotados (29%). Nesse grupo encontram-se regiões como Paranoá e Recanto das Emas.
A solução para a grilagem, na visão do grupo de alta renda, é combater as invasões de terra (30%). Para o de baixa renda, é aumentar os programas de moradia (44%).
Dos participantes, a grande maioria (90%) já tinha ouvido falar da Agefis. Os resultados também apontam que 51% classificam a atuação da autarquia como ótima ou boa, 34% são neutros e 15% desaprovam.
Acesse os resultados da pesquisa sobre a atuação da Agefis.
Leia o pronunciamento do governador sobre os resultados da pesquisa da Codeplan.
Edição: Marina Mercante