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07/04/2017 às 13:01, atualizado em 24/07/2017 às 20:15
Tigre-branco Dande foi o primeiro a ser atendido e apresentou bom estado de saúde
O tigre-branco Dande está com a saúde em dia. Ele foi o primeiro a passar por uma bateria de exames preventivos feitos anualmente nos animais da Fundação Jardim Zoológico de Brasília.
Com 174 quilos, o felino de 8 anos recebeu atendimento da equipe de veterinários, biólogos e tratadores do Zoo. Além disso, uma empresa da iniciativa privada, parceira da fundação, fez o diagnóstico por imagem e o anestesiou.
Dande foi submetido a avaliação odontológica e a radiografia da boca, a ultrassonografia do abdome, do fígado, do baço, dos rins e da bexiga, coleta de sangue e urina (para exames clínicos) e de sêmen, para ações de conservação da fauna, tanto exótica quanto nativa.
O resultado inicial mostrou que o tigre não apresenta nenhum problema de saúde. Apenas detectou-se a presença de sedimento urinário, normalmente encontrado em felinos de grande porte.
[Numeralha titulo_grande=”826″ texto=”Quantidade de animais no Zoológico de Brasília” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
De acordo com o diretor-presidente do Jardim Zoológico de Brasília, Gerson de Oliveira Norberto, todos os 826 animais do plantel da fundação vão passar pelos procedimentos clínicos, que ocorrem rotineiramente ao longo do ano.
“Alguns animais exigem cuidados e manuseios especiais; com esses, vamos avaliar cada caso”, destaca Norberto.
O diretor-presidente se refere, por exemplo, a bichos mais velhos — entre eles, felinos de grande porte —, que precisam de cuidados extras em virtude da condição física pela idade avançada.
Quanto ao manuseio, Norberto citou girafas, hipopótamos e elefantes. O tamanho dificulta o transporte e a acomodação deles no espaço limitado dos consultórios, por isso os atendimentos ocorrem no próprio recinto dessas espécies.
O manejo do tigre Dande durou quatro horas — desde o início dos procedimentos para anestesia até a ação final do efeito anestésico.
O animal foi sedado, colocado em uma caixa de transporte e levado ao Hospital Veterinário do Zoológico de Brasília.
Depois de constatada a normalidade dos padrões de saúde do felino, fez-se o tratamento odontológico, com limpeza de tártaro, que indicou a necessidade de um canal em um dente desgastado. Paralelamente, transcorreram o exame de ultrassonografia abdominal e a coleta de sêmen.
Como exemplos de cuidados especiais com o felino, o diretor-presidente do Zoo menciona dois semelhantes dispensados a seres humanos: “O retorno da sedação, quando se vai acordando aos poucos; e a alimentação, oferecida de maneira gradativa e, se for preciso, com restrições”.
De acordo com Norberto, não há necessidade de empregar verba extra para as consultas, uma vez que o Zoo tem equipe própria. O custo da fundação é somente com insumos, como seringa e medicação.
Em animais de menor porte, conta o diretor-presidente, as ações preventivas ocorrem diariamente. É o caso de aves, pequenos primatas e outros felinos.
Quando algum indivíduo apresenta necessidade de cuidados especiais, ele permanece no hospital veterinário para ser tratado e medicado.
As rotinas médicas no Zoo têm a participação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). O órgão auxilia na coleta de sêmen de alguns animais para o banco de germoplasma (unidade conservadora de material genético), uma parceria da fundação com o Executivo federal desde 2010.
Edição: Raquel Flores