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07/04/2017 às 15:59, atualizado em 07/04/2017 às 16:48
Frequentador assíduo, o casal Neuza e Faustino vai poder almoçar novamente na unidade, que precisou ser fechada em outubro, quando a prestadora do serviço interrompeu o contrato
O casal Neuza Soares da Silva, de 64 anos, e Faustino Felício Moisés, de 63, comprometeu, desde outubro, mais da metade do orçamento familiar com alimentação.
As finanças, baseadas exclusivamente na aposentadoria de Neuza, foram afetadas pelo fechamento, à época, do Restaurante Comunitário do Paranoá, do qual ela e o marido eram frequentadores assíduos.
A partir desta sexta-feira (7), porém, o refeitório popular retomou as atividades, com uma nova empresa gestora e com a estrutura renovada depois de passar por reparos.
“Nós dois almoçamos bem a R$ 4”, destaca Neuza. “Além do valor acessível, é uma comida bem feita, balanceada e gostosa.”
Como o casal, uma média de 900 pessoas deve voltar a frequentar a unidade, na Quadra 2, Lote A, Feira Livre, Área Especial. O funcionamento é de segunda a sábado, das 11 às 14 horas.
[Olho texto='”Foi preciso refazer o processo de seleção de uma nova empresa para gerir o local”‘ assinatura=”Gutemberg Gomes, secretário do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
O equipamento público teve de ser fechado porque a antiga prestadora do serviço interrompeu o contrato antes do fim. No dia seguinte, a mesma contratada deixou também o Restaurante Comunitário de Brazlândia.
“Foi preciso refazer o processo de seleção [por meio de licitação] de uma nova empresa para gerir o local”, conta o secretário do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, Gutemberg Gomes.
Segundo ele, a mesma instituição, a Kadu Alimentos, também vai atender Brazlândia. O secretário estima a reabertura dessa unidade para a próxima semana.
Para que o restaurante comunitário voltasse a funcionar, a secretaria precisou fazer serviços de manutenção e adequação no espaço.
Foram trocados o telhado, o forro e o piso do salão e da cozinha. Além disso, a câmara fria passou por reforma, e a rede elétrica, por revitalização. As benfeitorias custaram por volta de R$ 170 mil aos cofres públicos.
No cardápio da reabertura, havia estrogonofe, arroz, feijão, batata palha e salada, com suco de caju e, de sobremesa, um bombom.
Na saída, ao tomar um cafezinho de cortesia, os clientes foram convidados a responder a uma avaliação, com critérios como qualidade e quantidade das porções dos alimentos e condições físicas do ambiente.
[Numeralha titulo_grande=”4 milhões” texto=”Quantidade de refeições servidas no horário de almoço, em 2016, nos 14 restaurantes comunitários de Brasília” esquerda_direita_centro=””]
“Colocamos essa pesquisa em todos os restaurantes, para que o público possa nos dar informações sobre o que podemos melhorar”, destaca o coordenador de Segurança Alimentar da secretaria, Pedro Mader. Segundo ele, o levantamento é feito desde janeiro.
O Distrito Federal tem 14 restaurantes comunitários. Além do Paranoá e de Brazlândia, há unidades nas seguintes regiões administrativas: Ceilândia, Estrutural, Gama, Itapoã, Planaltina, Recanto das Emas, Riacho Fundo, Samambaia, Santa Maria, São Sebastião, Sobradinho II e Sol Nascente.
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Por meio do programa de segurança alimentar e nutricional do DF, no ano passado, esses refeitórios populares serviram mais de 4 milhões de refeições no horário de almoço, entre 11 e 14 horas.
Em 23 de novembro, o restaurante de Sol Nascente passou a servir também o café da manhã, a R$ 0,50.
O almoço custa R$ 1 para os inscritos no Cadastro Único (CadÚnico) do governo de Brasília que sejam membros de família com renda mensal de até R$ 2.811 (o equivalente a três salários mínimos) ou de até R$ 440 per capita. Pessoas que não se enquadram nesses perfis pagam R$ 2.
Para se inscrever no CadÚnico, é preciso ligar para o telefone 156 e marcar atendimento em um dos centros de referência de assistência social (Cras).
Edição: Raquel Flores