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15/06/2017 às 09:39
Itens como batata-doce, beterraba e abóbora foram incluídos no cardápio. Nutricionistas da Educação buscam apresentá-los de forma criativa para melhor aceitação dos alunos
Para agregar mais valor nutricional à alimentação escolar, o cardápio da merenda na rede pública de ensino recebe novas combinações. Desde março, itens como batata-doce, beterraba e abóbora são incluídos de forma menos tradicional, para que sejam mais bem aceitos pelos alunos.
A criatividade nessa inovação está a cargo dos 78 nutricionistas da Secretaria de Educação. Segundo a diretora de Alimentação Escolar da pasta, Kelen Pedrollo, a equipe técnica busca constantemente maneiras diferentes de proporcionar preparações saudáveis aos estudantes. Para isso, os profissionais fazem avaliações e planejamentos de distribuição.
Kelen conta que a batata-doce, por exemplo, não tem uma boa aceitação se for servida cozida e que saladas, em geral, apresentam um nível de rejeição elevado pelos alunos. Essas constatações resultam das análises trimestrais feitas pelas coordenações regionais de ensino.
No entanto, a recepção dos novos pratos tem sido positiva, comemora a diretora. Em 2005, quando ela era a única nutricionista da secretaria, só havia cenoura, batata, couve, banana e maçã entre as verduras, os legumes e as frutas na lista de compras da Educação.
Com o corpo técnico ampliado, a pasta trabalha agora com 23 itens, como abóbora, brócolis, espinafre, chuchu, couve, repolho, abacate, melão, melancia e tangerina. Além disso, há carne, frango e peixe e os não perecíveis: arroz, macarrão, canjica, feijão e farinha de mandioca.
Todos os cardápios são planejados pelos nutricionistas da secretaria, que seguem as recomendações técnicas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
De acordo com as normas, a alimentação escolar deve atender, no mínimo, a 20% das necessidades nutricionais do aluno que faz uma refeição por turno. Esse porcentual varia conforme o número de horas que a criança passa na escola. Para quem fica 10 horas, por exemplo, o índice sobe para 70%.
A quantidade de refeições ofertadas varia. Estudantes de período regular recebem uma. Já aqueles de unidades de ensino rurais ou em área de vulnerabilidade social ganham duas. Para os que ficam na escola em tempo integral de 8 horas, são servidas três, e aos que permanecem em tempo integral de 10 horas, quatro.
Na Escola Parque da 308 Sul, o cuidado com a alimentação dos alunos é diário. A equipe técnica elabora um relatório para informar o que as crianças comeram. Assim, os pais podem acompanhar como os filhos têm se alimentado. Quando alguma criança não come, a escola avisa a família. Se for recorrente, chama para uma conversa.
A unidade de ensino recebe 723 alunos do ensino integral com média de idade de 6 a 11 anos. São servidos lanche e almoço nos turnos matutino e vespertino.
A merendeira Maria Conceição Pereira, de 52 anos, conta que a equipe de sete funcionárias segue à risca o cardápio semanal enviado pela regional de ensino. “Fazemos de tudo para a comida ficar bem balanceada, os meninos comem muito bem aqui”, afirma.
No dia em que ofereceram macarrão com molho de beterraba, ela lembra que “foi o maior sucesso, eles amaram”. Todo esse zelo, diz Maria Conceição, está presente também nas exceções. Assim, crianças que não comem carne têm sempre ovo cozido como opção. Para aquelas intolerantes à lactose, que entregam laudo médico na direção, os alimentos são separados.
O diretor, Paulo César Valença de Lima, acredita que os legumes são rejeitados quando as crianças não têm o hábito de consumi-los em casa. Segundo ele, vários pais já relataram que o filho passou a comer verdura depois que aprendeu na escola.
“Nosso objetivo é conseguir alterar positivamente o hábito alimentar da criança”, define Lima. E destaca que existe uma preocupação da Diretoria de Alimentação em fornecer preparos com menos sal e açúcar para uma dieta mais saudável.
Em 2016, de acordo com a Secretaria de Educação, o governo de Brasília investiu o total de R$ 49.106.207,54 na merenda escolar. Por meio da Fonte 100, foram R$ 3.192.579,65 em gêneros alimentícios e R$ 1.094.876,62 em despesas como armazenamento e transporte dos alimentos.
Os recursos federais são repassados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação como Fonte 140 ou 340. No ano passado, aplicaram-se R$ 42.767.347,11 de gêneros alimentícios e R$ 2.051.404,16 da agricultura familiar.
A previsão de gasto para 2017, conforme previsão na Lei Orçamentária Anual (LOA), é de R$ 63.080.523 — recursos distrital e federal.
Edição: Raquel Flores