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18/06/2017 às 15:59, atualizado em 22/06/2017 às 15:12
Secretaria de Educação analisa as respostas, dá retorno aos docentes e aproveita o material para aprimorar as condições de ensino
Os 16 meninos e meninas com idade entre 7 e 8 anos do segundo ano do ensino fundamental da Escola Classe 64 de Ceilândia refletem depois que a professora Danielle Sousa pergunta por que alguns deles erraram uma das questões da Provinha Brasil. Um garoto diz que chutou errado, outro que ficou com pressa na leitura do texto e não prestou atenção no que estava escrito.
É a explicação de uma aluna que permite a Danielle compreender: “A letra é diferente. Nem todo mundo entende”. Depois de terem aprendido a ler, alguns dos menores não conseguem distinguir letra cursiva da letra de forma. Por isso, não foram capazes de fazer a leitura do texto adequadamente.
Esse tipo de percepção é um dos benefícios que os professores do ensino fundamental recebem com a aplicação da prova. Ela é elaborada com opções de respostas que permitem compreender como as crianças raciocinam enquanto são avaliadas por escrito.
“Eles percebem que tinham o conhecimento para acertar uma questão, mas erraram por vacilo. Não prestaram atenção ou deixaram passar algum detalhe de uma palavra”, analisa Danielle.
Desenvolvida pelo Ministério da Educação, a Provinha Brasil é aplicada em todo o País pelos governos locais para verificar necessidades de mudanças no plano de ensino nacional. Em Brasília, a Secretaria de Educação aproveita para dar um feedback aos professores com a situação das turmas e das escolas.
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“Todo ano, aplicamos a prova para alunos no meio do processo de alfabetização no início e no fim do período letivo. Hoje, a secretaria tem acesso aos resultados para dar um retorno aos professores e diretores”, explica o subsecretário de Planejamento, Acompanhamento e Avaliação Educacional da pasta, Fábio de Sousa.
Chamado de Devolutiva Pedagógica, esse retorno é feito por servidores da subsecretaria que analisam as respostas dos cerca de 30 mil estudantes da rede pública do DF que fazem a Provinha Brasil.
Em 2017, a primeira etapa da Provinha foi aplicada em abril, e a segunda será em novembro. Em cada fase, são dois dias de avaliação, com 20 perguntas cada um. No primeiro, as questões são de língua portuguesa; no seguinte, de Matemática.
De acordo com o subsecretário Sousa, o retorno para os professores é feito em questões de semana depois da primeira etapa. Com isso, os educadores têm tempo hábil para aplicar as orientações durante o ano letivo. A segunda fase, no fim do ano, verifica se as indicações tiveram efeito para aprimorar o aprendizado.
“A Devolutiva Pedagógica também ajuda a secretaria, que tem uma noção melhor dos problemas em todas as escolas, para criar políticas públicas”, diz.
Edição: Marina Mercante