29/06/2017 às 10:41, atualizado em 29/06/2017 às 14:17

Distrito Federal ganhou 17 mil postos de trabalho em maio

Maiores índices foram para o setor de serviços, com aumento de 2,2%, e de comércio, com 1,3%. Os números foram divulgados nesta quinta (29)

Por Cibele Moreira, da Agência Brasília

O Distrito Federal ganhou cerca de 17 mil postos de trabalho em maio — o que significa acréscimo de 3 mil vagas em relação a abril. De acordo com a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), divulgada nesta quinta-feira (29) pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), os setores que mais empregaram no último mês foram o de serviços (2,2%) e o de comércio (1,3%).

Maiores índices foram para o setor de serviços, com aumento de 2,2%, e de comércio, com 1,3%. Os números foram divulgados nesta quinta (29).

Maiores índices foram para o setor de serviços, com aumento de 2,2%, e de comércio, com 1,3%. Os números foram divulgados nesta quinta (29). Foto: Andre Borges/Agência Brasília

Segundo o gerente de Pesquisas Socioeconômicas da Codeplan, Jusçânio de Souza, é possível notar uma estabilização na quantidade de postos de trabalho. “É um alento, visto que o emprego aumenta mais rápido que o desemprego.”

O estudo indica também que a indústria de transformação permaneceu estável nos dois últimos meses e que a administração pública apresentou uma variação negativa de 0,6%.

Segundo o balanço, houve aumento no contingente de assalariados do setor privado (1,4%) e do setor público (3,9%). A quantidade de carteiras assinadas subiu 0,7%, e a de autônomos foi 4% a mais do que em abril. O número de empregados domésticos também cresceu 7,1%.

A coordenadora da pesquisa e economista do Dieese, Adalgisa Amaral, encontrou nos dados uma relação de postos que considera importante. “Ao prestarmos atenção, vamos ver que os números de ocupados autônomos é muito próximo ao dos no setor público. A economia no DF é dividida entre os dois setores.”

A taxa de desemprego ganhou estabilidade e apresentou uma variação de 0,1% em maio em relação a abril — de 20,5% para 20,4%. A estimativa de desempregados foi de 338 mil no último mês. Em contrapartida, o DF tem mais de 1,3 milhões de pessoas no mercado de trabalho.

Comportamento em 12 meses

Entre maio de 2016 e maio de 2017, a taxa de desemprego total passou de 17,8% para 20,4%. A quantidade de desempregados cresceu em 62 mil pessoas em decorrência ao crescimento insuficiente do nível de ocupação, com 41 mil postos para 103 mil pessoas.

“No comportamento dos últimos 12 meses, o setor de serviços criou 24 mil ocupações, e o de comércio, 9 mil. São números com perspectivas muito positivas”, pronunciou-se a chefe da Unidade do Observatório do Trabalho da Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, Luciana Neres.

Quanto à posição na ocupação, o grupo de assalariados apresentou variação positiva de 1,3%, consequência do aumento no setor privado (4,4%) que contrabalanceou a diminuição no setor público (-4,5%).

No setor privado, o número de ocupados com carteira de trabalho assinada aumentou 3,4% e sem carteira 8,4%. O nível de ocupação também subiu (3,2%), com destaque para as áreas de serviços (2,6%) e comércio (4%).

Já o setor da construção ganhou estabilidade (1,7%), e a indústria de transformação obteve uma redução (- 4,3%). A administração pública registrou queda de 18,4%.

Edição: Paula Oliveira