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31/07/2017 às 09:04, atualizado em 31/07/2017 às 11:26
Doação é feita a agricultores familiares do programa de Boas Práticas Agropecuárias — Brasília Qualidade no Campo. É o caso do produtor de morangos José de Assis, que mora com a mãe Maria dos Santos na região da Chapadinha
Outros 50 conjuntos de fossas sépticas serão distribuídos a agricultores do PAD-DF e de outros dez núcleos rurais, não apenas do PAD-DF, como informado anteriormente
Para garantir saneamento básico e a qualidade dos alimentos cultivados, produtores rurais de Brazlândia estão instalando fossas sépticas nas propriedades. Até outubro deste ano, serão distribuídos 56 conjuntos na região.
Outros 50 sistemas atenderão agricultores do Programa de Assentamento do Distrito Federal (PAD-DF) e outros dez núcleos rurais. Os equipamentos foram adquiridos pela Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural por meio de emenda parlamentar distrital, no valor de R$ 200 mil.
As fossas sépticas filtram resíduos de esgoto doméstico e evitam que o solo e o lençol freático sejam contaminados. Essa tecnologia permite um porcentual de filtragem de 80%.
Além disso, favorece o reúso da água para irrigação de cultivos sem contato direto com o solo, como as frutíferas. Nesse caso, a própria planta se encarrega de filtrar os 20% restantes do processo.
O equipamento é formado por uma caixa de inspeção, duas bombas — uma fossa e um filtro bacteriológico — e um sumidouro, todos enterrados.
[Olho texto='”Temos relatos de fossas com cinco anos de instalação e ainda não ficaram cheias”‘ assinatura=”Lara Line Pereira de Souza, gerente de Boas Práticas Agropecuárias da Secretaria da Agricultura” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
A caixa de inspeção facilita o acompanhamento do sistema, uma vez que, em caso de vazamento, o agricultor terá que cavar pouco a terra para perceber o problema.
Na cova seguinte, de 3 metros por 2 de profundidade, ficam as bombas. Na primeira, o esgoto passa pelo processo de separação entre parte sólida e água. Os rejeitos ficam no fundo do reservatório, e a água segue para a segunda bomba.
Nela, o líquido passa por filtros em formato de cânulas. Dentro deles, vivem colônias de bactérias que se alimentam da matéria orgânica dissolvida na água. Após consumirem o material, a água é filtrada e oxigenada.
Na terceira etapa, a água filtrada segue para o sumidouro, uma cova de 1,5 metro por 3 de profundidade, preenchida com restos de construção civil e pneus. Esse material faz com que a parede não desmorone e a água se infiltre no solo devagar.
“É um sistema fechado e, por isso, não provoca mal cheiro”, explica a agrônoma Lara Line Pereira de Souza, gerente de Boas Práticas Agropecuárias da Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural.
Além disso, a água chega totalmente limpa aos aquíferos, porque o processo de filtragem segue no solo. Se o produtor quiser, pode fazer uma saída do sumidouro para o sistema de irrigação por gotejamento. Essa alternativa, no entanto, não se aplica a hortaliças ou verduras.
As fossas sépticas atendem uma família com seis a dez integrantes. A manutenção do sistema é feita de dois em dois anos. “Mas temos relatos de fossas com cinco anos de instalação e que não ficaram cheias ainda”, diz Lara.
Na primeira etapa de instalação dos equipamentos, foram escolhidos os agricultores familiares que participam de programas de venda direta para o governo de Brasília, como o de Aquisição de Alimentos (PAA) e o de Aquisição da Produção da Agricultura (Papa-DF).
[Olho texto='”Não é o mais fácil, mas é o ecológico e o certo. Agora não vai ter mais risco de contaminação”‘ assinatura=”José de Assis da Silva, produtor de morangos” esquerda_direita_centro=”direita”]
As ações estão integradas ao Alimenta Brasília, iniciativa lançada em 12 de julho. O mapeamento é feito em parceria com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF).
É o caso de José de Assis da Silva, 59 anos, produtor de morangos na região da Chapadinha, em Brazlândia. Ele faz parte de um dos 10 núcleos familiares já contemplados pela doação.
Há 10 anos na propriedade, Silva aderiu à fossa séptica por uma questão de consciência ambiental. “Não é o mais fácil, mas é o ecológico e o certo. Agora não vai ter mais risco de contaminação”, conta.
A propriedade, onde mora com a mãe, Maria dos Santos Silva, receberá o conjunto de fossas. Para isso, foram construídas caixas de gordura para armazenar o líquido cinza eliminado pela pia da cozinha. “Agora não vai ter mais aquela água malcheirosa escorrendo pelo quintal”, afirma.
Para ter acesso ao sistema, é necessária também a apresentação de documentos como:
Outro fator de escolha foi a adesão dos produtores ao programa de Boas Práticas Agropecuárias — Brasília Qualidade no Campo. A iniciativa foi criada em 25 de julho de 2016, por meio da Resolução nº 3, e prevê o uso de recursos do Fundo de Desenvolvimento Rural do Distrito Federal para melhorias nas propriedades participantes.
O recurso pode ser aplicado na compra de maquinário, de veículos utilitários e de implementos agrícolas. Desde a criação da medida, 180 agricultores já se cadastraram. A meta é envolver pelo menos 900 produtores.
Convênio firmado entre a pasta da Agricultura e a Fundação Nacional da Saúde (Funasa) prevê a aquisição de materiais e instalação de mais 125 conjuntos de fossas sépticas, que serão distribuídas para propriedades rurais inseridas no Brasília Qualidade no Campo.
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A compra das fossas sépticas foi feita pela secretaria em razão do custo de aquisição. “Se o produtor fosse comprar por conta própria, pagaria cerca de R$ 3,5 mil. Como compramos em lote, elas saíram a R$ 2,5 mil”, conta a gerente de Boas Práticas Agropecuárias.
A contrapartida do produtor é a aquisição de material para o sumidouro e a mão-de-obra. A pasta tem também emprestado maquinário para a construção das covas.
Edição: Vannildo Mendes