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07/08/2017 às 15:44, atualizado em 08/08/2017 às 08:54
Prova nacional servirá para garantir proficiência dos ensinos fundamental e médio. Inscrições são gratuitas e vão de 7 a 18 de agosto
Maiores de 15 anos que não concluíram o ensino fundamental e maiores de 18 que não terminaram o ensino médio terão a oportunidade de receber o certificado de conclusão por meio de uma prova.
De participação voluntária, o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) é ofertado aos jovens e adultos residentes no Brasil e no exterior que não completaram os estudos em idade própria.
As inscrições, gratuitas, começam nesta segunda (7) e vão até 28 de agosto, pela internet. A prova será aplicada em 22 de outubro em todo o País.
Para participar, não é preciso estar matriculado na rede pública. “É um exame para todos os que tenham interesse em receber o certificado de conclusão de ensino”, resume Kelly Cristina de Almeida Moreira, gerente de Programas e Projetos Especiais do Ensino Médio da Secretaria de Educação.
[Numeralha titulo_grande=”718,9 mil” texto=”Demanda no DF de pessoas que podem fazer a certificação nacional” esquerda_direita_centro=”direita”]
O teste, que teve o edital publicado em 24 de julho, é de autoria do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), autarquia federal vinculada ao Ministério da Educação.
No DF, o certificado é de responsabilidade da Secretaria de Educação, por meio das 122 unidades de ensino que atendem a modalidade de educação de jovens e adultos (EJA).
No DF, a demanda potencial para a realização do exame é de 718.909 pessoas – 500.354 para o ensino fundamental e 218.555 para o ensino médio, de acordo com dados da Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad) de 2015.
No caso de estudantes da rede pública, o número passa para 106.117, sendo 58.804 do ensino fundamental e 47.313 do médio, de acordo com a Secretaria de Educação.
A última edição do Encceja ocorreu 2014, mas era voltada apenas para o ensino fundamental. Na época, cerca de 7 mil pessoas se inscreveram no DF, e apenas 10% delas pontuaram para conseguir o documento. “É um número muito baixo que precisamos reverter à realidade da educação local”, avalia Kelly.
[Olho texto='”Além da certificação, o Encceja é importante para avaliar as capacidades dos alunos e traçar políticas voltadas para esse público”‘ assinatura=”Kelly Cristina de Almeida Moreira, gerente de Programas e Projetos Especiais do Ensino Médio da Secretaria de Educação” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
Para incentivar que os estudantes façam a prova, a pasta trabalha na divulgação do exame por meio de equipes regionais nas escolas, fôlderes, cartazes, material publicitário e mobilização nas redes sociais.
“É importante também para avaliar as capacidades dos alunos e traçar políticas voltadas para esse público específico”, reforça a servidora da secretaria.
O exame foi criado em 2002, pela Portaria nº 2.270. Em 2009, o Ministério da Educação instituiu que a certificação do ensino médio ocorreria por meio do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Neste ano, a Portaria nº 468, de 3 de abril de 2017, restringiu novamente a certificação para o Encceja.
Para pleitear a certificação, o participante deverá alcançar em cada uma das provas objetivas, no mínimo, o nível 100, além de nota superior a 5 pontos na redação.
É possível obter declaração parcial de proficiência em alguma das áreas de conhecimento. “No caso de alunos da educação de jovens e adultos, a proficiência é importante para concluir os estudos naquela disciplina, caso tenha a nota exigida”, explica Kelly Cristina.
A prova para o ensino fundamental é composta pelos seguintes conjuntos de disciplinas:
E para o ensino médio:
Aqueles que fizeram as edições do Enem de 2009 a 2016 e não tiveram a pontuação mínima para aprovação em alguma área do conhecimento podem se inscrever no Encceja e tentar a certificação parcial.
Jovens e adultos que vivem no exterior e população privada de liberdade poderão fazer o exame. No caso de moradores de fora do Brasil, a prova será em 10 de setembro em países listados pelo edital; para a população carcerária, o exame ocorrerá em 24 e 25 de outubro, nas unidades que aderirem.
A educação de jovens e adultos existe no DF desde 1996. A modalidade foi criada para atender as pessoas que desejam retomar os estudos e reconhecer a educação como direito básico. A idade mínima para ingressar no fundamental é de 15 anos. Para o nível médio, o estudante deve ter pelo menos 18.
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De acordo com a Secretaria de Educação, 50.963 estudantes se matricularam na EJA em 2016. Desses, 5.870 no primeiro segmento (anos iniciais do ensino fundamental), 22.520 no segundo segmento (anos finais do ensino fundamental) e 22.573 no terceiro segmento (ensino médio). Os dados de 2017 ainda estão em fase de compilação pelo Censo Escolar.
Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja)
Inscrições gratuitas de 7 a 28 de agosto, pela internet
Prova em 22 de outubro
Edição: Marina Mercante