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15/08/2017 às 11:28, atualizado em 15/08/2017 às 16:12
Festa vai até sábado (19) no Núcleo Rural Taquara, com foco na capacitação técnica. Produto do DF abastece mercados consumidores do Centro-Oeste, do Norte e do Nordeste do País
Com entrada gratuita, a 19ª Semana do Pimentão começa nesta quarta-feira (16), no Núcleo Rural Taquara, em Planaltina. A programação prevê cursos e palestras para os produtores rurais durante a semana e festa e cavalgada no sábado (19), data de encerramento.
O evento marca a colheita do legume da safra 2016-2017. É também o momento para a troca de informações sobre melhorias do cultivo no território brasiliense.
O público esperado é de 80 participantes por dia nas capacitações. Já na festa e nos shows, a expectativa é de 400 pessoas.
A produção local de pimentão é a que mais incorpora tecnologia no País, uma vez que se vale de técnicas modernas de irrigação, como o gotejamento, e de estruturas como estufas.
“Hoje, o DF produz cerca de 120 toneladas de pimentão por hectare, produtividade bastante superior à média nacional, de 50 toneladas por hectare”, compara o gerente local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) Taquara, Fabiano Carvalho.
A edição deste ano tem como foco a divulgação de técnicas para combate de pragas, a exemplo da traça-do-tomateiro e do ácaro-rajado. Este atinge a maioria das espécies de hortaliças e causa o amarelecimento das folhas da planta. Com isso, a produtividade cai de 600 para 150 caixas por estufa.
No caso da traça-do-tomateiro, a preocupação é pelo fato de tomate e pimentão serem da mesma família, a Solanaceae. As doenças que atacam um cultivo podem contaminar o outro por meio do solo.
O debate também será sobre incidência de doenças oportunistas, aumentada por culpa da escassez hídrica. “O objetivo da semana é confraternizar, mas também capacitar tecnicamente o produtor para enfrentar pragas e efeitos climáticos”, defende Carvalho.
Planaltina é a região administrativa que concentra a produção de pimentão no território brasiliense, em razão de os produtores terem se organizado em cooperativa. Com isso, a venda é facilitada.
O produto originário do DF abastece o mercado local, e o excedente segue para as Centrais de Abastecimento de Goiânia e Anápolis. De lá, ele é vendido para Amazonas, Pará, Rondônia e Tocantins, no Norte; Maranhão, no Nordeste; e Mato Grosso, no Centro-Oeste. A cotação no mercado atacadista de Goiás alcança R$ 50 a caixa com 10 quilos.
A cultura do pimentão é bastante delicada, porque exige cuidados com nutrição e controle de pragas. As estufas se apresentam como recurso para evitar o aparecimento de doenças fúngicas e bacterianas.
O sistema por gotejamento, por sua vez, faz com que a aplicação de adubo ocorra por meio da água de irrigação, técnica que diminui o custo de mão de obra para os agricultores.
A área plantada nesta safra é cerca de 15% menor do que a do período anterior. São 55 hectares de cultivo de pimentão — 20 em estufa e 35 em campo aberto. A redução se deveu ao ataque de pragas e à crise econômica.
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Edição: Marina Mercante