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01/09/2017 às 20:46, atualizado em 21/05/2018 às 12:05
Estudantes da Escola Parque da Natureza tiveram a oportunidade de ver como nasce o Rio Veredinha, que deságua na Bacia do Descoberto, uma das maiores reservas hídricas do DF
Alunos da Escola Parque da Natureza, em Brazlândia, tiveram a oportunidade de conhecer, nesta sexta-feira (1º), as três principais nascentes do Rio Veredinha, um dos afluentes da Bacia do Descoberto. A ação faz parte da Virada do Cerrado, que este ano é dedicada ao tema Cuidando das Águas.
Com a seca prolongada e a crise hídrica que o DF enfrenta, a Virada do Cerrado, um dos principais programas de mobilização ambiental do governo, exerce papel importante de conscientização da população quanto aos cuidados com a preservação e o uso sustentável dos mananciais que nascem na região.
A professora de educação física Dayane Coelho, da Escola Parque da Natureza, explica que muitos estudantes nunca viram uma nascente, mesmo morando perto. “É desafiador trazer essa reflexão para eles. Para alguns, a ideia de que um dia a água vai acabar é distante.”
O passeio, que seguiu pela trilha dentro do Parque Veredinha, no meio da região administrativa, foi guiado por Diego Gordinho, agente de Unidade de Conservação do Instituto Brasília Ambiental (Ibram).
[Olho texto='”É desafiador trazer essa reflexão para os estudantes. Para alguns, a ideia de que um dia a água vai acabar é distante”‘ assinatura=”Dayane Coelho, professora de educação física da Escola da Natureza” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
Ele explica que a maior parte das trilhas que hoje existem dentro da unidade de conservação foi feita pela população local para ligar um ponto da cidade a outro.
Muitas queimadas que ocorrem na região, segundo Gordinho, são provocadas pelos transeuntes que cruzam as trilhas. O agente mostrou aos alunos a deterioração de uma árvore usada como churrasqueira às margens do Veredinha, para exemplificar como o Cerrado sofre com o vandalismo.
Dayane conta que, na ação do ano passado, a turma chegou a ver um tamanduá e um tatu mortos na mata pela queimada. “É um trabalho de formiguinha, e aos poucos vamos inserindo uma mudança cultural”, aponta a professora.
Além de Brazlândia, outras regiões administrativas também voltaram a atenção para as nascentes do DF. Ceilândia contou com uma caminhada e mutirão de limpeza nas margens do Córrego Melckior. Já em Taguatinga, os moradores seguiram para limpar as trilhas e nascentes da Floresta Nacional de Brasília.
Uma das políticas públicas para a recuperação das nascentes do Distrito Federal é o projeto Descoberto Coberto. O programa visa ao reflorestamento das margens de 224 nascentes que abastecem um dos maiores reservatórios de água do DF — a Bacia do Descoberto.
A iniciativa faz parte do programa Reflorestar, que já desencadeou o plantio de mudas de espécies nativas no começo do ano em 12 propriedades em Brazlândia, nas proximidades do Córrego Cristal. Atualmente, o projeto está em fase de produção de mudas, com previsão de plantio para o início das chuvas em Brasília.
Edição: Vannildo Mendes