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13/09/2017 às 16:46, atualizado em 14/09/2017 às 10:41
Produto foi encontrado em veículo no Centro de Atividades do Lago Norte, após abordagem da Polícia Militar. Toda a carga foi encaminhada para análise
Uma carga de quase 2 toneladas de carne sem nota fiscal, acondicionada sem refrigeração, foi apreendida pela Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural próximo ao Centro de Atividades do Lago Norte.
A operação ocorreu na noite de terça-feira (12), após a Polícia Militar do Distrito Federal abordar um veículo com a mercadoria irregular e acionar os fiscais da Diretoria de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal e Animal. A mercadoria irregular foi encaminhada para análise.
A carga apreendida se soma às mais de 20 toneladas de produtos em desacordo com a legislação sanitária apreendidas neste ano. Em 2016, foram mais de 43 toneladas. Desse total, 32 toneladas eram produtos clandestinos.
[Numeralha titulo_grande=”20 toneladas” texto=”Quantidade de mercadorias apreendidas no DF neste ano por desrespeito à legislação sanitária” esquerda_direita_centro=”direita”]
A medida garante a segurança alimentar da população, uma vez que evita a o consumo de alimentos contaminados por bactérias ou toxinas. Tecnicamente, o quadro é chamado de toxinfecção.
“Quando sabemos a origem do produto, fazemos a análise em laboratório para verificar se está próprio para consumo. A parte em boas condições pode ser doada ao zoológico. O restante será incinerado”, explica Fábio Azevedo, chefe de Fiscalização de Trânsito, da Diretoria de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal e Animal.
A compra irregular pode estar relacionada a outros crimes, alerta o chefe de Fiscalização. “Produtos sem origem podem causar doenças e em geral estão associados a roubo de carga, abate ilegal ou de animais não convencionais para a alimentação humana”, lista o técnico.
A carne obtida de forma clandestina pode ser vetor de doenças como a tuberculose e brucelose. Além disso, tem a higiene comprometida, uma vez que os abates são feitos em locais impróprios, sem estrutura adequada nem higiene. Nessas condições, há risco ainda de contaminação ambiental e prejuízo à saúde pública.
Análises de cargas apreendidas mostram que as más condições sanitárias favorecem a ocorrência de teníase, doença causada por larvas de Taenia (cisticercos), parasita que habita o intestino de animais.
Outros parasitas relacionados ao consumo de carne irregular são:
Se o parasita passar do intestino para a corrente sanguínea, ele pode se alojar no cérebro, nos olhos, na pele ou em músculos – até mesmo o cardíaco. Os cisticercos podem causar problemas nervosos e cegueira e se manifestam quando a carne é malcozida ou mal assada.
Edição: Vannildo Mendes