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13/09/2017 às 09:03, atualizado em 17/10/2017 às 18:53
Pessoas de várias profissões integram a rotina de unidades pelo simples prazer de ajudar o próximo. Manijeh Soltain é ex-servidora e decidiu continuar atendendo mesmo depois da aposentadoria
Refugiada do Irã no Brasil há quase 40 anos, Manijeh Soltanian, de 77 anos, é exemplo do que a solidariedade ao próximo é capaz. Hoje com o coração completamente brasileiro, como faz questão de dizer, ela conta que vê no trabalho voluntário uma forma de retribuir o bem que o País lhe fez em todas essas décadas.
“Decidi sair do Irã por eles”, diz, apontando para um porta-retratos pequeno, com a fotografia dos três filhos, na época com 11, 9 e 4 anos de idade. Depois de uma mudança no governo, seguidores de sua religião passaram a ser perseguidos, e muitos terminaram mortos.
Pediatra e homeopata, ela só conseguiu o registro no conselho de medicina brasileiro em 1983, depois de ter tentado a vida na Argentina e passado um tempo como estagiária no Hospital de Base, quando chegou a Brasília.
Aos 43 anos, já naturalizada, Manijeh passou em um concurso da Secretaria de Saúde e foi lotada como pediatra no então Centro de Saúde nº 3 do Gama, onde ficou por 15 anos. Só saiu quando descobriu, por pura curiosidade, a homeopatia. “Muita gente me pedia para receitar remédios homeopáticos, mas eu não sabia o que era”, revela.
[Olho texto='”Levo a sério meu trabalho. Quando preciso viajar, fico no máximo um mês fora, porque tenho pacientes que precisam de mim”‘ assinatura=”Manijeh Soltanian, pediatra voluntária na saúde pública do DF” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
Foram dois anos de curso para descobrir como funcionava a especialidade que, diz a iraniana, mudou o rumo da profissão e da vida. “Foi com a homeopatia que vivi os melhores momentos com os pacientes. Desenvolvíamos uma relação de amizade, o que era mágico.”
Junto ao peito, ela guarda com carinho um dos presentes que ganhou das amizades que fez graças à homeopatia: um colar com pingente cravado de pedrinhas verdes e amarelas.
Ligada à Diretoria de Cuidados com o Trabalhador, Manijeh passou 13 anos como servidora, até saber, no susto, que precisaria se aposentar. “Fiquei muito triste. Não conhecia a aposentadoria compulsória”, lembra. “Trabalharia até não conseguir mais andar. Não queria parar.”
E ela não parou. Apreciadora de samba, ganhou festa de despedida, mas não chegou a ir embora. Mesmo aposentada, continua atendendo no mesmo local, agora uma vez por semana, toda sexta-feira.
Além disso, também é homeopata voluntária em uma unidade básica de saúde no Cruzeiro. “Levo a sério meu trabalho. Quando preciso viajar, fico no máximo um mês fora, porque tenho pacientes que precisam de mim.”
A médica é um dos 310 voluntários profissionais em atividade hoje na Secretaria de Saúde. São vários tipos de unidade que contam com o serviço, que tem cadastrados nutricionistas, fisioterapeutas e dermatologistas, entre outras especialidades. Há também psicólogos, assistentes sociais e enfermeiros.
[Olho texto=”Quem quiser se candidatar ao trabalho voluntário poderá se informar sobre as oportunidades nos hospitais de seu interesse” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”]
Todas as unidades hospitalares da rede pública já contam com a atuação de voluntários. Na maioria, eles são enfermeiros. O Hospital Regional de Santa Maria é o que tem maior número de profissionais — 54 distribuídos por 11 atividades diferentes.
A abertura de vagas também vale para áreas não necessariamente ligadas à saúde pública, como engenharia e comunicação.
O serviço voluntário profissional na Saúde foi regulamentado por meio de portaria em novembro de 2016. O termo de adesão, fechado caso a caso, tem duração de um ano, prorrogável.
Para o gerente de Voluntariado da pasta, Cristian da Cruz Silva, o serviço vai além de um reforço na mão de obra no local onde os colaboradores atendem.
“A principal importância do voluntariado é o grande símbolo que ele materializa”, observa. Segundo Silva, o número de pessoas em atividade não representa nem 1% do quadro total da pasta.
Para participar do programa exige-se registro profissional. A atividade é em caráter espontâneo, sem remuneração e sem vínculo funcional ou empregatício. O voluntário escolhe o dia e o horário em que poderá ajudar.
Devem-se apresentar os seguintes documentos:
Quem quiser se candidatar pode se informar sobre as oportunidades nos hospitais de seu interesse. Também é possível procurar vagas disponíveis pelo Portal do Voluntariado.
A coordenação do trabalho ocorre de forma integrada entre a Gerência de Voluntariado da Secretaria de Saúde, as superintendências de cada região e as direções das unidades onde os colaboradores vão atuar.
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Edição: Vannildo Mendes