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18/09/2017 às 09:41, atualizado em 18/09/2017 às 12:06
Integrante do Ministério Público desde 1987, ela foi a escolhida pelo presidente Michel Temer para suceder a Rodrigo Janot. Governador Rodrigo Rollemberg participou da cerimônia
A Procuradoria-Geral da República será comandada por Raquel Dodge pelos próximos dois anos. A sucessora de Rodrigo Janot foi empossada na manhã desta segunda-feira (18), no Auditório Juscelino Kubitschek, do órgão.
No cargo, ela acumula as funções de chefe do Ministério Público da União e presidente do Conselho Nacional do Ministério Público. Entre as atribuições, ficará à frente da Operação Lava-Jato, que investiga os mais altos escalões de poder do País.
“Há 30 anos, quando ingressei no Ministério Público, as pessoas mal sabiam a função do Procurador-geral da República. Garantimos a defesa da democracia, da sociedade e da individualidade, junto ao papel clássico do MP, o de processar criminosos”, disse.
O presidente da República, Michel Temer, elogiou a dedicação da nova procuradora-geral da República e destacou o papel do Ministério Público. “Temos três poderes nominados na Constituição [Executivo, Judiciário e Legislativo], mas não há dúvidas de que o Ministério Público reúne todas as características de um poder”, disse.
Presente na cerimônia, o governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, disse que Raquel Dodge está preparada para cumprir a missão que recebeu hoje. “É uma procuradora experiente, uma profissional muito conceituada e dedicada. Tenho a convicção de que prestará relevantes serviços à população ao preservar a Constituição Federal.”
Raquel Dodge ingressou em 1987 no Ministério Público. Foi a segunda mais votada na lista tríplice enviada a Temer, responsável pela escolha, seguida de sabatina pelo Senado Federal.
“A Constituição Federal nos incumbiu de zelar pela rigidez do sistema eleitoral, cobrando que aqueles que gerem os cofres públicos o façam com honestidade, para que o povo retome a confiança nas instituições”, disse a primeira mulher a assumir a Procuradoria-Geral da República.
Temer reforçou que “a autoridade verdadeira não está nas autoridades constituídas, mas nas leis”. “Passar por cima delas é abusar da autoridade. E percebo o apreço da doutora Raquel Dodge pela Constituição”, disse.
O mandato de procurador-geral da República tem duração de dois anos, com opção de recondução ao cargo pelo presidente da República.
Edição: Paula Oliveira