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17/11/2017 às 09:00, atualizado em 17/11/2017 às 15:19
Grande parte dos confiscos de entorpecentes ocorrem em rondas de rotina da Polícia Militar. Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, Brasília ocupa ainda o 11º lugar na detenção de armas de fogo por porte ilegal
Brasília é a unidade da Federação com o enfrentamento mais efetivo ao uso e porte de drogas. O Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, mostra que o Distrito Federal está em primeiro lugar nesse quesito.
O trabalho é diário, e grande parte das apreensões ocorre em rondas de rotina. Nessa quinta-feira (16), uma equipe do Grupo Tático Operacional do 8º Batalhão de Polícia Militar de Ceilândia apreendeu um jovem, de 17 anos, depois de abordar mais de dez pessoas no P Sul.
O rapaz tinha uma tesoura no bolso que cheirava a maconha. Os policiais o acompanharam até em casa e encontraram 2 quilos do entorpecente. Ele foi levado à Delegacia da Criança e do Adolescente pelo ato infracional análogo ao tráfico de drogas.
A capital do País também ocupa boa posição em apreensão de armas de fogo: 11° lugar. Segundo a Polícia Militar do DF, ambos os fatores influenciam na prevenção de crimes graves, como homicídio. A estimativa da corporação é que cerca de 70% desses delitos sejam cometidos com o uso de armamentos.
De janeiro a outubro, a Polícia Militar tirou de circulação 1.738 armas, 80 a mais que no mesmo período do ano passado. “Com isso, evitamos vários crimes, principalmente os contra a vida, que é nosso principal foco”, explica o major do Centro de Comunicação Social da Polícia Militar Michello Bueno.
O Distrito Federal fechou outubro com a menor taxa de homicídios dos últimos 17 anos. Foram registradas 400 ocorrências desde janeiro — 90 a menos que no mesmo período do ano passado —, quantidade mais baixa desde 2000, quando começou a série histórica.
Os dados integram a metodologia do Viva Brasília — Nosso Pacto Pela Vida e estão no último balanço divulgado pela Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social.
A mesma lógica se aplica, segundo ele, à apreensão de pessoas pelo uso e porte de drogas. “Muitos consumidores de entorpecentes cometem alguns crimes, como roubo e furto, para manter o vício”, diz.
[Olho texto=”Com isso, evitamos vários crimes, principalmente os contra a vida, que é nosso principal foco” assinatura=”Major Michello Bueno, do Centro de Comunicação Social da Polícia Militar do DF” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
A maior parte dos homicídios no DF, segundo o major, tem algum envolvimento com entorpecentes e ocorre por disputa de território ou por acerto de contas, por exemplo. Por isso, grande parte das prisões é de pessoas que já têm passagens pela polícia.
De janeiro a outubro de 2017, em 73% dos casos, as vítimas tinham antecedentes criminais; e, em 74%, os autores já haviam praticado algum crime.
De acordo com Michello Bueno, a dificuldade de hoje é caracterizar o tráfico de drogas, que depende de flagrante ou de apreensão de quantidade considerável de entorpecente. Mesmo assim, foram feitas, neste ano, a prisão de 1.588 traficantes. Os policiais levaram para as delegacias do DF mais de 1,6 mil pessoas por uso ou porte de drogas.
[Numeralha titulo_grande=”2 toneladas” texto=”Quantidade de maconha apreendida pela Polícia Militar neste ano” esquerda_direita_centro=”direita”]
Neste ano, até outubro, foi retida maior quantidade, por exemplo, de maconha do que em todo o ano passado. Foram mais de 2 toneladas até agora. De crack, foram 44,2 quilos, além de 42,8 quilos de cocaína.
Os locais costumam ser os mesmos para encontrar armas e drogas ilegais, segundo o major. Geralmente são em Ceilândia, Planaltina e Samambaia. “Temos conseguido mesmo com baixo efetivo aumentar nossa produtividade, com base em estudos e posicionando melhor o efetivo.”
Colaborou Pedro Ventura.
Edição: Paula Oliveira