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02/12/2017 às 09:02, atualizado em 02/12/2017 às 16:29
Um dos 210 prestadores de serviços credenciados por projeto-piloto do governo, Rogério Pereira pintou a Escola Classe Cachoeirinha, em São Sebastião
Pintor há quase duas décadas, pela primeira vez Rogério Pereira, de 50 anos, foi contratado para exercer o ofício em uma escola. Um dos primeiros credenciados para o projeto Pequenos Reparos, o microempreendedor integra uma lista de 210 pessoas cadastradas para prestar serviços em unidades públicas de ensino de São Sebastião.
Lançado em 2016 pela Secretaria de Economia, Desenvolvimento, Inovação, Ciência e Tecnologia para valorizar o pequeno empreendedor, o programa começou em outubro deste ano, depois de cumprir exigências técnicas determinadas pela Justiça.
O novo edital foi publicado no Diário Oficial do Distrito Federal de 26 de setembro. O texto prevê a contratação, sem fim empregatício, de bombeiro hidráulico, chaveiro, eletricista, jardineiro, pedreiro, pintor, serralheiro, técnico de eletrodomésticos e técnico em informática.
“É um estímulo para quem quer empreender sair da informalidade, além de melhorar a arrecadação e a inclusão da comunidade no dia a dia das escolas públicas”, define o subsecretário de Relação com o Setor Produtivo, Márcio Faria Júnior. Em São Sebastião, há 26 colégios da rede pública, entre eles, 5 rurais.
Para participar, é preciso ser um microempreendedor individual (MEI). Depois de entregar os documentos necessários, os candidatos são credenciados e inscritos em um banco de dados específico de prestadores de serviço para escolas de São Sebastião, onde ocorre o projeto-piloto.
A expectativa é que neste mês as outras 30 regiões administrativas do DF também sejam contempladas.
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Até agora, três escolas já receberam reparos. Rogério, por exemplo, pintou a Escola Classe Cachoeirinha, no núcleo rural de São Sebastião. “É uma oportunidade muito boa, espero que mais regiões tenham”, disse o morador de Samambaia.
Também passaram por pequenas intervenções de outros dois profissionais a Escola Classe 303 e o Centro de Ensino Fundamental Miguel Arcanjo.
“O trabalho foi bem feito, nós gostamos muito”, avalia o diretor da escola rural, Ildemar Serrano. Ao terminar o serviço, os microempreendedores recebem uma nota pelo trabalho. Se ela for igual a 80 pontos ou maior, o credenciado volta para o fim do rodízio e poderá ser contratado de novo.
Caso a nota seja menor que 80, ele será indicado para participar de capacitação técnica gratuita, prestada pela secretaria em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Após concluir o curso, se estiver apto, retorna ao fim da fila.
Cada escola deve apresentar sua demanda. Em seguida, recebe as três primeiras opções de cadastrados da modalidade que solicitou. Os candidatos, a partir do dia em que foram contatados, têm o prazo de um dia para mandar o orçamento.
Como o edital já contém o valor que deve ser pago pela hora de serviço de cada profissional — que varia de R$ 93 a pouco mais de R$ 200 —, o colégio deve avaliar quem tem capacidade de executar o trabalho em menos tempo.
Para chegar a esses valores, a Secretaria de Economia fez pesquisa de preço e contou com a parceria da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan).
[Olho texto='”Quando iniciamos o contato com a Secretaria de Educação, percebemos que muitas escolas faziam o mesmo serviço a preços bem diferentes. Isso, com o projeto (Pequenos Reparos), acaba”‘ assinatura=”Márcio Faria Júnior, subsecretário de Relação com o Setor Produtivo, da Secretaria de Economia” esquerda_direita_centro=”direita”]
Todos os reparos têm, a partir do dia em que são entregues, garantia de 6 meses, e cada escola pode investir até R$ 8 mil por ano nos reparos dentro do projeto. A verba, segundo a secretaria, é do Programa de Descentralização Administrativa e Financeira (Pdaf).
Para o subsecretário, as unidades escolares ganham com um serviço prestado em menos tempo e com mais segurança jurídica. “Quando iniciamos o contato com a Secretaria de Educação, percebemos que muitas escolas faziam o mesmo serviço a preços bem diferentes. Isso, com o projeto, acaba.”
Quem quiser participar do projeto ainda pode se cadastrar, pessoalmente, na Secretaria de Economia, Desenvolvimento, Inovação, Ciência e Tecnologia (Setor Bancário Norte, Bloco K), de segunda a sexta-feira, das 8 às 18 horas.
Os interessados têm de informar endereço e telefone do local onde mantém sede ou representação em Brasília e dias e horários de funcionamento. Além disso, é preciso levar documentos como requerimento para credenciamento — conforme modelo previsto em edital —, certidões e declarações de habilitação e comprovante de constituição de MEI.
O credenciado deve ter todo o maquinário, ferramentas e equipamentos de segurança para o serviço, de acordo com as normas técnicas e de segurança do Ministério do Trabalho. Também é preciso estar identificado com crachá.
Cadastro de microempreendedores para o projeto Pequenos Reparos
De segunda a sexta-feira
Das 8 às 18 horas
Na Secretaria de Economia, Desenvolvimento, Inovação, Ciência e Tecnologia (Setor Bancário Norte, Bloco K)
Edição: Raquel Flores