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14/12/2017 às 15:04
Índice IPCA foi puxado pelo setor de alimentos e bebidas. Codeplan também divulgou nesta quinta-feira (14) dados do INPC e de preços do mercado atacadista
A inflação em Brasília teve aumento de 0,46% em novembro, em comparação com o mês anterior. O número se refere ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apresentado nesta quinta-feira (14) pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan).
Segundo o levantamento, a variação do índice no DF é de 4,31% em 12 meses. A média nacional registrou um crescimento de 2,8% nesse período.
De acordo com o diretor de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas da companhia, Bruno de Oliveira Cruz, a porcentagem anual ainda está abaixo da meta estipulada pelo Banco Central, de 4,5%. “Apesar de termos uma inflação maior do que a média nacional, estamos abaixo da meta, o que mostra uma inflação em nível social, melhor do que em anos anteriores, quando chegou a cerca de 10%.”
Calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o índice apresentou variação positiva em 12 das 13 localidades pesquisadas no País.
O número apurado em novembro coloca Brasília como a quinta maior inflação entre as cidades pesquisadas. As maiores variações foram Goiânia (0,96%), São Paulo (0,58%), Porto Alegre (0,55%) e Campo Grande (0,5%).
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A aumento no mês foi puxado pelo setor de alimentos e bebidas, que cresceu 0,76% em comparação a outubro. A categoria representa cerca de 20% do consumo das famílias. Segundo a gerente de Contas e Estudos Setoriais, Clarissa Jahns Schlabitz, esse crescimento pode ser explicado por características locais.
“Um dia de racionamento [no fornecimento de água] faz com que o comércio tenha de se adaptar e implementar uma nova forma de conduzir o estabelecimento. Isso justificaria o aumento”, disse. Ela também acredita que os moradores de Brasília têm consumido mais fora de casa.
O IPCA é calculado sobre os gastos de famílias com rendimento mensal de um a 40 salários mínimos.
Os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) também foram apresentados nesta quinta (14). Ele mede o consumo das famílias com renda mensal de um a cinco salários mínimos.
A inflação desse grupo apresentou uma variação de 0,55% em comparação ao registrado em outubro. O maior aumento foi no setor de habitação, puxado pela elevação na energia.
De acordo com a gerente de Contas e Estudos Sociais da Codeplan, o reajuste anual da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que ocorreu no fim de outubro, impactou as contas dos moradores de Brasília. Em setembro, pagava-se um adicional de R$ 2 a cada 100 quilowatts/hora; em outubro, esse valor passou para R$ 3,50.
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No mês, também houve aumento do INPC nos setores de vestuário (0,91%), transportes (0,86%), alimentação e bebidas (0,48%), despesas pessoais (0,13%), educação (0,20%) e saúde e cuidados pessoais (0,09%).
Houve deflação de 0,17% no grupo de comunicação. O setor artigos de residência também mostrou retração, de 0,56%, com a redução nos preços de itens de fumo e de serviços de cabeleireiro.
Também foram apresentados nesta quinta-feira os dados da Centrais de Abastecimento do Distrito Federal (Ceasa-DF), que medem a variação em alimentação para o mercado atacadista.
Em comparação com outubro, a variação foi de 3,61%. As maiores elevações calculadas no período incidiram sobre os preços de verduras (21,5%), legumes (4,88%) e frutas (2,81%). Ovos e grãos mantiveram a tendência anual e registraram queda de 6,66%.
A previsão, segundo a Ceasa-DF, é que o mercado de ovos tenha uma procura maior do que no restante do ano para a fabricação de panetones e de outros produtos que costumam compor a ceia de Natal e a de ano-novo.
Edição: Marina Mercante