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15/12/2017 às 08:59, atualizado em 15/12/2017 às 10:14
Equipes de Estratégia Saúde da Família atuam no projeto. Em Taguatinga, por exemplo, profissionais se dividem entre rondas na rua e acolhimento na UBS nº 5
Três equipes multiprofissionais do governo de Brasília — todas de Estratégia Saúde da Família — atendem a população em situação de rua in loco. Elas fazem parte do Consultório na Rua, projeto criado em 2011 pelo Ministério da Saúde e aderido pelo Distrito Federal em 2012.
Na capital, há equipes referenciadas nas Unidades Básicas de Saúde nº 5 tanto de Taguatinga quanto de Ceilândia e no Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro Pop) do Plano Piloto (veja os endereços abaixo).
Em Taguatinga, o grupo se divide entre rondas na rua e acolhimento de pacientes na unidade. “A gente tenta fazer o máximo [de atendimento] no local mesmo. Porque, se postergar, pode ser que a gente não consiga. Quando é uma situação que não pode ser feita na rua, a gente encaminha para uma consulta mais detalhada”, explica o médico da equipe, Artur Maldonado.
Isso porque leva tempo criar vínculo com a população e convencê-la da importância de buscar atendimento. Além disso, para os moradores de rua há a dificuldade de acesso por causa do deslocamento.
Para evitar barreiras que os desestimulem a buscar uma unidade de saúde, a equipe atende por demanda espontânea, sem necessidade de agendar um horário.
Além de médico, há psicólogo, assistente social e enfermeiro na equipe. O intuito é oferecer bem-estar geral ao paciente em situação de rua para resgatar a dignidade e a cidadania.
Na prática, o projeto funciona como uma porta de entrada. A ideia é ampliar o acesso da população em situação de rua aos serviços de saúde, ao estimulá-la a usufruir o que é ofertado na rede.
“Um dos objetivos é inserir o paciente no sistema. Então, uma das primeiras coisas que a gente faz é o cartão do Sistema Único de Saúde (SUS)”, explica a técnica de enfermagem Edilene Batista.
[Olho texto=”Quando o paciente afirma que quer deixar a rua, a equipe aciona outras áreas do governo para buscar abrigo” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
Como não têm residência, as pessoas atendidas pelo Consultório na Rua são orientadas a buscarem medicamentos e consultas na unidade de saúde mais próximo do local de atendimento.
Em uma região perto de Samambaia, Antônio da Silva, de 49 anos, — que já usufruiu do auxílio-aluguel do governo local — vive com a esposa, cinco filhos e quatro netos. Com certa frequência, a família recebe a equipe.
Na última visita, nessa quinta-feira (14), a esposa Marlene da Silva se queixou de dores no joelho e fraqueza. No atendimento, a equipe aferiu a pressão e receitou remédios de retirada gratuita na rede pública.
Desta vez, alunos do primeiro ano de medicina da Escola Superior de Ciências da Saúde se uniram ao grupo. Eles cursam um módulo eletivo que mostra aos estudantes diferentes políticas públicas da área.
Para a professora da disciplina, a médica sanitarista Maristela Alves, o acompanhamento das ações é uma maneira de criar interesse nos futuros médicos. “Não adianta ter só habilidades [médicas], é preciso ter atitude”, opinou.
Na mesma ronda, nessa quinta (14), a equipe reencontrou, em uma região comercial de Taguatinga, Jorge Vasconcelos. Em 13 de novembro, ele havia sido encaminhado à unidade de saúde, mas não apareceu, segundo ele, porque esqueceu.
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Em conversa com a equipe, Jorge deu informações contraditórias, o que poderia indicar confusão mental. Mas não demonstrou interesse em deixar a situação de rua.
Quando o paciente afirma que quer deixar a rua, a equipe aciona outras áreas do governo para buscar abrigo. “Cada paciente é uma dificuldade e tem as suas demandas. É um trabalho constante para saber qual é a maneira de ajudar”, avalia Maldonado.
Nem todos se identificam, mas a equipe de Taguatinga já cadastrou 1.148 pessoas. Infecções sexualmente transmissíveis e dependência de álcool e drogas são os principais problemas detectados.
Em menor ocorrência, há doenças como tuberculose e hanseníase, em que há maior dificuldade de tratamento para esse público, porque é longo e continuado.
Locais com equipes do Consultório na Rua no DF
Ceilândia
Unidade Básica de Saúde nº 5
QNM 16, Lote F, AE, Ceilândia Norte
Plano Piloto
Centro Pop Brasília
SGAS 903, Conjunto C
Taguatinga
Unidade Básica de Saúde nº 5
Setor D Sul, Área Especial nº 23, Taguatinga Sul
Edição: Marina Mercante