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15/12/2017 às 10:28, atualizado em 16/04/2018 às 18:22
As inscrições, gratuitas e on-line, começam na segunda (18) e vão até 23 de fevereiro. Lançamento foi feito nesta sexta (15) pelo governador Rodrigo Rollemberg. Valor do contrato é estimado em R$ 2,5 milhões
O governo de Brasília lançou, nesta sexta-feira (15), o concurso do projeto para a orla do Lago Paranoá. As inscrições on-line gratuitas serão abertas na segunda-feira (18) e se estenderão até 23 de fevereiro.
Os concorrentes deverão elaborar projetos arquitetônicos, urbanísticos e paisagísticos que indiquem usos, atividades e a configuração do espaço à margem do reservatório. O valor do contrato está estimado em R$ 2,5 milhões.
O anúncio do concurso foi feito nesta manhã pelo governador Rodrigo Rollemberg no foyer do Teatro Nacional Claudio Santoro. “Brasília devolve seu espaço mais nobre, bonito e atrativo para o conjunto da população, isso é um salto civilizatório”, declarou o governador.
O edital foi assinado pelo governador e pela equipe da Secretaria de Gestão do Território e Habitação responsável pela elaboração do certame. O chefe do Executivo agradeceu o envolvimento de todos os órgãos de governo no processo. “Essa é uma conquista da população e um legado que deixaremos para as próximas gerações”, enfatizou.
[Olho texto='”Brasília devolve seu espaço mais nobre, bonito e atrativo para o conjunto da população, isso é um salto civilizatório”‘ assinatura=”Rodrigo Rollemberg, governador de Brasília” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
O chefe da Casa Civil, Sérgio Sampaio, destacou que o projeto vencedor deve fomentar a região como área de lazer democrática, de caráter ambiental. “O lago é um importante manancial que serve como água potável para o DF, por isso devemos investir em uma proposta que tenha essa preocupação”, defendeu.
“Queremos que o projeto traga qualidade urbanística, paisagística, ambiental e, principalmente, social”, reforçou o secretário de Habitação, Thiago de Andrade. Ele definiu o lançamento como um “resgate ao espírito de vanguarda pela competência técnica inerente à construção de Brasília”.
Andrade explicou que as propostas deverão indicar os usos e as atividades ao longo da orla. “Esperamos um projeto conceitual, integrador, que amarre os 109 quilômetros da orla em um só conceito, de alta qualidade técnica e vanguarda artística”.
De acordo com ele, as áreas que já foram readequadas, como os Parques Asa Delta e Península Sul, no Lago Sul, devem ser respeitadas e integradas ao projeto final do vencedor.
Os participantes terão de apresentar uma concepção geral para a orla e para a utilização do espelho d’água. Quem vencer também vai desenvolver o projeto básico para três áreas indicadas no edital — duas no Lago Sul e uma no Lago Norte.
A primeira área, no Lago Sul, vai do Trecho 1 do Setor de Clube Esportivo Sul até a Quadra 10 do Setor de Habitações Individuais.
O edital aponta que a região tem potencial para bosques, parques urbanos, trilhas, praia, píer, marinas e atividades de comércio e serviço de apoio para os visitantes, além de infraestrutura de permanência, como banheiros e áreas de lazer.
[Olho texto=”No Lago Sul, o potencial de usos inclui parques urbanos, bosques, trilhas, praia, píer, marinas, comércio e serviços de apoio a visitantes” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”]
Outra área, também na parte Sul, abrange as Quadras 20 a 22 do Setor de Habitações Individuais. Os estudos da pasta para esse espaço indicam aproveitamento para praia, píer, terminal atracadouro e trilhas.
O diferencial, ainda de acordo com a secretaria, é que o local conta com lotes institucionais, que devem ser reservados para a construção de equipamentos públicos. Isto exigirá criatividade dos concorrentes porque os espaços são adequados para atividades de educação ambiental e cultura.
A terceira área refere-se ao Parque das Garças, no Lago Norte. A previsão inicial era a de criar lá um Ponto de Atração Norte, com equipamentos culturais, artísticos e esportivos.
O contrato será arcado com recursos do Fundo de Desenvolvimento Urbano do Distrito Federal (Fundurb). Parte da remuneração, estimada em R$ 2,5 milhões, será paga no momento da assinatura com o vencedor do concurso.
O restante será quitado em parcelas à medida que forem entregues o projeto consolidado, os projetos das três áreas e os cadernos de especificação.
O resultado do concurso será divulgado em 21 de abril, no aniversário de Brasília. A comissão, formada por profissionais com alto grau de conhecimento nas áreas exigidas pelo certame, fará o julgamento das propostas de 17 a 20 de abril.
Os cinco melhores trabalhos serão escolhidos e classificados por ordem de mérito. Esses passarão pela fase de habilitação. A equipe mais bem colocada entre as habilitadas sairá vencedora.
As sugestões dos brasilienses, por meio de enquete e consulta pública do Plano Orla Livre, foram consideradas na elaboração do concurso.
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De acordo com a Secretaria de Gestão do Território e Habitação, a modalidade de concurso público foi adotada por ser a mais democrática, de grande acesso e publicidade, além de permitir à população conhecer de antemão o que o governo está comprando.
A pasta quer atrair para o certame equipes multidisciplinares que atuam com a elaboração de projetos arquitetônicos, urbanísticos e paisagísticos.
O concurso é um desdobramento do Plano Orla Livre, que tem o objetivo de tornar o Lago Paranoá um ponto de encontro mais acessível, organizado e com diversas opções de lazer, além de pensar em oportunidades de negócios pontuais que fomentem a economia.
A proposta reúne uma série de ações para revitalizar 38 quilômetros de margem do espelho d’água e também busca soluções de mobilidade para quem quiser chegar à região.
Na coletiva de imprensa desta sexta-feira (15), Rollemberg também comentou a rejeição, pela Câmara Legislativa do Distrito Federal, à proposta do governo de Brasília de remanejar recursos da ordem de R$ 1,2 bilhão do Orçamento de 2018.
De acordo com o chefe do Executivo, a aplicação dos recursos será fundamental para investimento em saúde, educação e obras e para a contratação de servidores. “Não poderemos fazer isso se a Câmara não retomar a votação da proposta original, tão importante para nossa cidade”, defendeu.
Edição: Vannildo Mendes