20/12/2017 às 16:51, atualizado em 08/11/2018 às 19:58

Governo desobstruiu 6,4 mil bocas de lobo em 2017

Limpeza de bueiros é uma das estratégias para evitar transtornos por conta de temporais. Cidades Limpas ao longo do ano e atuação reforçada desde outubro contribuem para evitar alagamentos em pontos críticos

Por Da Agência Brasília, com informações da Secretaria das Cidades

Apesar de as chuvas de dezembro terem registrado volume de água maior do que no mesmo período do ano passado, o Distrito Federal não teve alagamentos em pontos considerados críticos pela Defesa Civil, como as tesourinhas da Asa Norte e quadras comerciais de Taguatinga. Uma das estratégias para evitar transtornos causados por temporais foi a limpeza de bocas de lobo.

A limpeza de bueiros é uma das estratégias para evitar transtornos por conta de temporais

A limpeza de bueiros é uma das estratégias para evitar transtornos por conta de temporais. Foto: Dênio Simões/Agência Brasília 13.3.2017

Em todo o DF, 6.475 bocas de lobo foram desobstruídas em 2017. Dessas, 3.472 em uma operação coordenada pela Secretaria das Cidades desde 17 de outubro. A limpeza das outras 3.003 foi feita dentro do programa Cidades Limpas, ao longo do ano. Ao todo, as equipes retiraram dos bueiros 302 toneladas de lixo que impediam o fluxo da água.

[Numeralha titulo_grande=”302″ texto=”Quantidade de toneladas de lixo retiradas dos bueiros do DF em 2017″ esquerda_direita_centro=”direita”]

Somente nos 20 primeiros dias de dezembro, as chuvas no DF alcançaram 200 milímetros, e são esperados 246 até o dia 31. Em todo o mês no ano passado, foram 154 milímetros.

O aumento ocorre gradativamente, pois outubro registrou 83 milímetros e novembro, 228. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), com a chegada do verão — que começa oficialmente nesta quinta (21) —, a quantidade e o volume de água devem ser maiores, com possibilidade de temporais. A expectativa é que as chuvas se estendam até abril.

Para evitar prejuízos, a Secretaria das Cidades atua em todas as regiões administrativas. “Além da operação específica, fazemos ações de limpeza das bocas de lobo no Cidades Limpas, o que permite ampliar a desobstrução dos bueiros”, reforça o titular da pasta, Marcos Dantas.

Responsável por coordenar as atividades, o subsecretário de Desenvolvimento Regional e Operação nas Cidades, Manoel Vieira Alexandre, ressalta a importância do trabalho. “Esta ação comprova a eficácia da medida, já que, até o momento, diferentemente do ano passado, não temos registro de alagamento resultante das chuvas nas cidades.” De acordo com ele, a limpeza de bocas de lobo continuará em 2018, por conta da previsão de mais chuvas.

Operação Bocas de Lobo

No caso da operação específica feita desde outubro, a escolha dos locais teve como base um mapeamento da Defesa Civil em pontos com risco de alagamento. Por isso, a ênfase foi nas tesourinhas da Asa Norte e em quadras comerciais de Taguatinga.

Na Operação Bocas de Lobo, além da retirada de lixo acumulado nos bueiros, estruturas danificadas, como tampas e grades, foram substituídas.

A Secretaria das Cidades contou com o apoio das administrações regionais, da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap), do Serviço de Limpeza Urbana (SLU), do Departamento de Trânsito (Detran-DF), do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar e da Defesa Civil.

O programa Cidades Limpas

Em 29 edições, o Cidades Limpas envolveu 4.613 trabalhadores de 19 órgãos do governo de Brasília. Nos 12 meses de atividades, foram usados 1.293 máquinas e equipamentos.

Até o começo de dezembro, haviam sido removidas 86,3 toneladas de entulho, desobstruídas 2,9 mil bocas de lobo e recolhidas 250 carcaças.

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No período, foram visitados 82,3 mil imóveis para o combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, da chikungunya e do zika vírus.

Outras ações da iniciativa foram a emissão de 747 carteiras de identidade, a manutenção, a troca e o reparo de 2,4 mil unidades na rede elétrica e a poda de 15,7 mil árvores.

Com o apoio do Cidades Limpas, os casos de dengue no DF diminuíram drasticamente: foram 3.945 casos prováveis de janeiro a outubro deste ano. No mesmo período de 2016, a Secretaria de Saúde fez 17.490 registros. Em termos porcentuais, a redução foi de 77,4%.