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06/01/2018 às 16:16, atualizado em 22/05/2018 às 19:03
A ferramenta tecnológica aumenta a segurança e facilita o trabalho dos agentes de trânsito
Cínthia Garcia descobriu que tem uma proteção a mais contra a clonagem do novo carro, comprado em dezembro de 2017, quando foi fazer a transferência em um posto de atendimento do Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF).
No atendimento, informaram à assessora de eventos, de 31 anos, que ela precisaria mudar o modelo da placa do veículo, que agora ganha um QR Code impresso (código bidimensional). “Com ele é mais fácil identificar o carro, porque tem todos os dados da história dele. Para os agentes tem essa vantagem, e a gente recebe mais segurança.”
Ela é uma entre os 190 mil motoristas de Brasília que têm o código de barras impresso nas placas dos veículos. O Detran-DF começou a transição dos modelos em 1º de janeiro de 2017, com a intenção de fazer com que todos os veículos da cidade o tenham.
Segundo o diretor de Controle de Condutores e Veículos da autarquia, Uelson Praseres, a tecnologia permite aos agentes verificar se o carro corresponde ao que está registrado. “As placas são feitas por empresas terceirizadas que cadastram os códigos conosco. Se alguém as clonar, não terá os dados corretos.”
[Olho texto=”Toda placa fabricada atualmente já vem com QR Code, que carrega informações como data de fabricação do veículo, número do estoque e código do fabricante” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
A transição é feita aos poucos. Toda placa fabricada atualmente já tem o código. Então, quando o condutor troca a identificação ou compra um veículo novo, já vem com o QR Code impresso.
Entre as informações que o código carrega estão a data de fabricação, o número do estoque e o código do fabricante. São os únicos dados que alguém com um aplicativo comum de leitura de QR Code vai ter acesso.
Outras coisas, como as multas do veículo e dados pessoais do proprietário, só podem ser acessados com os aplicativos do Detran.
Também é possível encontrar um QR Code em mais de 200 mil Carteiras Nacionais de Habilitação (CNH), mas ele tem uma funcionalidade diferente do código das placas de veículos.
Praseres explica a diferença das duas. “Os aplicativos exclusivos para os agentes de fiscalização e vistoria encontram informações sigilosas diferentes para os dois códigos. Na habilitação, são acessados todos os dados da pessoa, além da vinculação dela com apenas um veículo.”
[Olho texto=”Com a automatização, no futuro será possível transferir o veículo para outra pessoa de casa, sem precisar ir a um posto do Detran” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”]
Também existe diferença na fiscalização. Com o QR Code no documento, os agentes podem verificar a veracidade da habilitação. O acesso aos dados é fornecido ao Detran pelo Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro). Já o uso nas placas é exclusivo para verificar clonagem em vistorias.
O código bidimensional também é requisito para quem tiver interesse em emitir habilitação digital. Apesar de ser ele impresso em todas as CNHs desde maio de 2017, é preciso fazer uma atualização para poder ativar o aplicativo que emite a certidão eletrônica.
Para evitar fraudes, essa atualização tem de ser feita presencialmente, em um dos postos de atendimento ou em uma das unidades do Na Hora.
O Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) tem projeto para colocar QR Code no certificado de registro e licenciamento de veículo (CRLV), documento emitido anualmente com a atualização de pagamento do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA).
Praseres vê vantagens para os cidadãos, porque a licença poderá ser paga e atualizada por aplicativo. Com isso, o documento chega instantaneamente ao requerente, e todos os usuários do veículo poderão ter acesso digital a ele.
O diretor informou que o Detran tem projeto para automatizar todos os processos para motoristas. “No momento, a tecnologia já é possível. No futuro, será possível transferir o veículo para outra pessoa de casa, sem precisar ir a um de nossos postos”, explica.
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Edição: Vannildo Mendes