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18/01/2018 às 20:01, atualizado em 19/01/2018 às 09:57
Testado na tarde desta quinta (18), equipamento da Agência de Fiscalização do DF contribuirá para acelerar o trabalho de auditores
Para auxiliar as equipes e acelerar o trabalho de auditores, a Agência de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis) passará a usar um drone.
Testado na tarde desta quinta-feira (18), o equipamento ajudará a monitorar o crescimento de parcelamentos irregulares do solo e pontos de descarte irregular de lixo.
A partir deste sábado (20), com o fechamento do aterro controlado do Jóquei, conhecido como lixão da Estrutural, a Agefis começará a usar o drone em áreas isoladas, como os pontos sujos — lugares baldios onde há descarte irregular de lixo.
O drone, modelo Phantom 4 Pro, já está licenciado na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e foi comprado por R$ 12 mil. Segundo informações da marca, ele pode chegar à velocidade máxima de 72 quilômetros por hora e alcançar até 6 mil metros de altura.
Para atuar em áreas urbanas, como parcelamentos irregulares do solo, a Agefis aguarda uma licença especial.
[Olho texto='”O drone vai nos dar imagens muito mais precisas do que as de satélite; com ele conseguimos detalhes, e tudo isso em tempo real”‘ assinatura=”Bruna Pinheiro, diretora-presidente da Agefis” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
A diretora-presidente, Bruna Pinheiro, acredita que a aquisição é importante para acrescentar novas tecnologias às ferramentas da agência.
“O drone vai nos dar imagens muito mais precisas do que as de satélite; com ele conseguimos detalhes, e tudo isso em tempo real”, avaliou durante o teste.
No caso das ocupações irregulares, ele será fundamental para ações de pronta resposta quando as obras ilegais ainda estão no início.
A equipe mostrou no local — próximo à área do antigo Jockey Club de Brasília — como será mais fácil identificar um ponto de descarte irregular de lixo com o equipamento. Da pista, não é possível visualizar o espaço.
“Se tem um carro da fiscalização, eles não entram. Mas o drone ninguém vê que está filmando”, complementou Bruna.
Com essa estratégia, ela explica que será possível identificar a placa do veículo e ter provas de quem fez o descarte irregular.
As punições vão de multa à apreensão do veículo. Esta última, segundo a diretora-presidente, é novidade e resultado de regras mais rigorosas implementadas pelo Serviço de Limpeza Urbana (SLU).
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Em 2017, a Agência de Fiscalização emitiu 143 multas por descarte irregular de lixo, que somam cerca de R$ 450 mil. Os valores, no entanto, não foram pagos — a multa é aplicada ao condutor, e não à empresa responsável pelo veículo.
Por isso, a Agefis ressalta que a punição será mais eficaz agora, já que existe a possibilidade de apreender o veículo.
O combate às irregularidades também diminui a concorrência desleal, segundo a agência. “Quem descarta irregularmente quer aumentar o lucro, diminuindo, por exemplo, o percurso do local em que coletou para onde vai descartar. Às vezes quem faz correto tem que cobrar mais para levar até o lugar certo”, detalha a diretora-presidente.
Com a fiscalização, o DF reduziu os pontos sujos de 833 para 400. Além disso, desde 2015, 31,5 milhões de metros quadrados de áreas públicas ocupadas ilegalmente foram devolvidos à população.
Edição: Raquel Flores