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09/03/2018 às 18:13, atualizado em 07/05/2018 às 09:33
Pesquisadores começarão coletas de dados pelas regiões da Candangolândia, do Núcleo Bandeirante e do Riacho Fundo I. Precedimento, pela primeira vez, será informatizado
Identificados com colete amarelo e crachá, pesquisadores visitarão, a partir de segunda-feira (12), residências no Distrito Federal para coletar dados sobre os moradores. As informações vão subsidiar a próxima Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad) da Companhia de Planejamento do DF (Codeplan), que estará mais moderna.
De acordo com o presidente da companhia, Lucio Rennó, o principal ganho que a mostra terá com as mudanças é quanto ao tempo em que os dados ficarão prontos. Em entrevista na tarde desta sexta-feira (9), ele explicou que a última mostra ficou em campo 18 meses.
A estimativa agora é que o trabalho dos pesquisadores seja feito em quatro meses. “Vamos diminuir as chances de erro e deixar mais rápida a coleta de dados”, afirmou Rennó. Os trabalhadores vão passar nas 31 regiões administrativas, a começar por Núcleo Bandeirante, Candangolândia e Riacho Fundo I.
Esta será a primeira vez que o questionário será aplicado por meio digital. Com software específico para a Pdad, os servidores preencherão as questões em um tablete, o que facilitará a análise das informações.
Antes feita em papel, a pesquisa tinha um tempo de aplicação superior à média calculada para as próximas aplicações, de 20 a 30 minutos. Os primeiros resultados já devem ser conhecidos a partir de abril.
[Olho texto='”Vamos diminuir as chances de erro e deixar mais rápida a coleta de dados”‘ assinatura=”Lucio Rennó, presidente da Codeplan” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
Os resultados serão divulgados parcialmente — ou seja, por regiões — à medida que forem concluídos.
Nesta edição, o levantamento, feito a cada dois anos desde 2011, também terá mudanças quanto a conteúdo. O questionário, por exemplo, foi ampliado de 50 para 86 perguntas.
O maior número é resultado da inclusão de novos assuntos na Pdad. Agora, os moradores também responderão sobre a Estratégia Saúde da Família. Para mulheres com 14 anos ou mais, haverá itens relativos a dados de fecundidade.
Alguns itens referentes a migração dos moradores, educação e trabalho e rendimento foram reformulados para receber novas questões.
Isso porque, a fim de melhorar a qualidade dos dados e subsidiar mais o planejamento e formulação de políticas públicas, diversos órgãos do governo de Brasília sugeriram alterações no questionário.
“Houve aperfeiçoamento do conteúdo. Outra inovação é na logística. Demorávamos muito para cobrir todo o DF apenas com os poucos servidores”, avaliou o gerente de Pesquisas Socioeconômicas da companhia, Jusçanio Umbelino de Souza.
[Numeralha titulo_grande=”28.720″ texto=”Número de domicílios que serão visitados pelos pesquisadores da Codeplan nas 31 regiões do DF” esquerda_direita_centro=”direita”]
Assim, 37 pesquisadores capacitados e treinados pelo Instituto Euvaldo Lodi do DF (IEL-DF) vão às ruas. O valor do serviço será abatido de dívida que o instituto possui com a companhia.
Serão visitados 28.720 domicílios no DF. Nessa primeira fase, serão 660 residências em cada uma das três regiões administrativas. Como a pesquisa é amostral, não são visitadas todas as casas, mas parte, escolhida por sorteio.
Souza destacou ainda que os pesquisadores poderão visitar as casas em horários mais flexíveis e melhores para pesquisa. Eles atuarão normalmente de 9 às 18 horas. Se necessário, segundo o instituto, poderá ter equipes nas ruas até 21 horas.
Além disso, eles vão trabalhar de segunda-feira a sábado, e haverá uma equipe de plantão para atender situações específicas, como retornar a um domicílio no domingo, caso o morador solicite.
A escala dos servidores da Codeplan é mais rígida e, muitas vezes, as 25 pessoas destacadas para o serviço tinham de visitar as residências de 8 às 15 horas, o que prejudicava a coleta de dados.
[Olho texto=”Os resultados da pesquisa servem de base para o planejamento de ações governamentais e empresariais” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
Os funcionários ainda vão a campo, mas para verificar, por meio de amostragem, se as visitas foram feitas.
Com isso, os servidores poderão se dedicar às tabulações e às análises, e os resultados sairão mais rápido. “A chance de encontrar moradores é maior. A gente ganha em qualidade e tempo”, opina o gerente.
Todas as visitas serão georreferenciadas, de modo que a Codeplan poderá acompanhar por meio de um GPS onde os pesquisadores passaram. Todas as informações passadas pela população, no entanto, são sigilosas.
Além disso, os pesquisadores do instituto também vão percorrer sete cidades do entorno do DF para conclusão da Pesquisa Metropolitana por Amostra de Domicílios. Para isso, levarão mais três meses. No total, são 12 localidades analisadas. Em cinco delas já houve a aplicação de questionários.
Os funcionários estarão devidamente identificados. Além do colete amarelo com as marcas, nas costas, da Codeplan e do IEL, também terão crachá de identificação. Nele há telefones para contato, em que o morador pode checar as informações.
A pesquisa tem como objetivo conhecer a situação socioeconômica, demográfica e de moradia dos residentes em áreas urbanas das regiões administrativas do Distrito Federal. Os resultados servem de base para o planejamento de ações governamentais e empresariais.
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São levantadas informações, entre outras coisas, sobre tipo de domicílio, infraestrutura, idade, raça, cor, estado civil, migração (procedência dos moradores), nível de escolaridade, trabalho, renda, posse de bens, equipamentos e serviços.
Um novo decreto está sendo editado com as mudanças feitas no trabalho, e um comitê consultivo formado por órgãos que utilizam as informações da mostra acompanhará todo o processo de conclusão dos dados.
Feito a cada dois anos desde 2011, o levantamento contempla as 31 regiões administrativas de Brasília. Antes disso, houve uma edição em 2004, e a Codeplan também organizou material similar em 1997: a Pesquisa de Informações Socioeconômicas das Famílias do Distrito Federal (Pisef/DF).
Edição: Vannildo Mendes