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11/03/2018 às 10:21, atualizado em 11/03/2018 às 11:26
Cardápio é balanceado e obedece as necessidades de cada indivíduo. E para quem quiser vê-los de perto, a Justiça liberou a abertura do local neste domingo (11)
A Fundação Jardim Zoológico de Brasília tem em seu plantel 801 animais, sem contar os mais de 200 que estão sob sua custódia até que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) defina um lugar para eles. A rotina de alimentação de todos esses bichos é extensa e envolve mais de 2 toneladas de alimentos por dia.
O elefante Chocolate é o mais comilão, seguido pelos hipopótamos e os rinocerontes. Só para ele, são 2,8 quilos de ração, 80 quilos de hortifrúti e 17 quilos de feno. Além disso, ele come 600 gramas de sal mineral e 150 quilos de capim. Toda essa comida é dividida em quatro refeições diárias.
O primeiro carro de comida é carregado e sai do setor de nutrição cedinho, pouco depois das 7 horas. Ele serve para alimentar os grandes felinos, os primatas e as aves. Um dos motivos é que eles precisam de energia logo cedo. A quantidade de vezes que cada recinto é abastecido depende de cada espécie.
Seis pessoas são responsáveis pela manipulação dos alimentos, que são separados em bancadas para evitar o contato entre tipos de comida diferentes. As vasilhas são levadas até postos de entrega espalhados pelo zoo, de onde os tratadores retiram o material e levam até o recinto.
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A rotina para a entrega do que cada um vai comer varia de local para local. Nas ilhas onde ficam alguns macacos, por exemplo, o trabalho exige uma estratégia mais elaborada. A comida, depois de chegar às mãos dos tratadores, é levada de canoa até os primatas. São vasilhas com ração, ovos e folhas.
No aviário central, os tratadores abastecem os 24 recintos com 174 aves de espécies diferentes. O barulho quando chega a hora de comer já é bem familiar para os servidores. Os animais recebem sementes, frutas e ração, por exemplo.
De acordo com o diretor de Nutrição do zoo, Lucas Carneiro, todo o planejamento nutricional de cada um dos animais obedece a cálculos específicos. Há alimentação especial para recém-nascidos, idosos ou alérgicos, por exemplo.
Para os primatas que na natureza se alimentam de folhas, é incluída na dieta uma ração específica, que vai garantir aos animais o que eles precisam para se manter saudáveis. Como no caso da nutrição humana, é levado em conta quantidade de carboidrato, vitaminas e outros nutrientes.
A dieta oferecida no Zoológico não se concentra apenas em ração. O espaço destinado para depositar a comida tem lugar adequado para variedades de carne, frutas e legumes. Uma câmara fria, com temperatura de 5°C, guarda as frutas e legumes que precisam de refrigeração, enquanto outra, a -10°C, armazena as carnes.
A maior parte dos alimentos é comprada por meio de licitação. Frutas como banana e maçã são adquiridas por meio do Programa de Aquisição da Produção da Agricultura (Papa-DF).
A fundação ainda produz uma quantidade do que consome. Capim, por exemplo, o item que o diretor avalia como o mais utilizado no dia a dia dos bichos, é plantado em uma área dentro do zoológico.
A produção é para ser utilizada na época de seca, quando os parceiros que geralmente cedem capim ao zoo não têm o material em tão boa qualidade. Com o que é plantado, é possível suprir toda a necessidade local de três a quatro meses.
Abóboras, amoras e feijão cultivados lá também são usados para o enriquecimento nutricional dos animais.
Ainda há uma pequena parcela de doações. Tudo o que é utilizado no zoo é aprovado para consumo, dentro do controle de qualidade e da data de validade.
O plantão de 2º grau do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios autorizou, nesse sábado (10), a abertura do Zoológico de Brasília neste domingo (11). A decisão acatou pedido da Secretaria do Meio Ambiente. A Polícia Militar do Distrito Federal e o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal darão total apoio à fundação para garantir a segurança dos visitantes. A Justiça havia proibido o funcionamento do local por causa da greve dos vigilantes.
Assim, o Zoológico funcionará hoje de 8h30 às 17 horas. Os ingressos custam R$ 10 a inteira. Crianças de 6 a 12 anos, estudantes, idosos (acima de 60 anos), professores e beneficiários de programas sociais do governo pagam R$ 5. Menores de 5 anos e pessoas com deficiência têm direito à gratuidade.
Edição: Paula Oliveira