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26/03/2018 às 08:58, atualizado em 26/03/2018 às 11:11
À frente de um dos terreiros de candomblé mais antigos do DF, Pai Lilico de Oxum participou da primeira turma do projeto Lidera – Empoderar para Multiplicar. Desde agosto, 340 pessoas passaram pela capacitação da Polícia Civil
Acolhimento, orientação e apoio. Essas são as etapas pelas quais passam as vítimas de violência que chegam ao Ilê Asé Orisá D’ewy, terreiro de candomblé em Sobradinho II.
Pai Lilico de Oxum é um dos 340 participantes do projeto Lidera – Empoderar para Multiplicar, da Polícia Civil. Ideia é capacitar líderes comunitários para o atendimento de vítimas de violência contra a mulher. Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília
“Temos que falar de violência em todos os espaços. Respeitar a vivência do outro, conversar, aconselhar e levar a questão às autoridades”, elenca Américo Neves Filho, conhecido como Pai Lilico de Oxum, à frente da casa desde a fundação, em 1975.
Aos 65 anos, o pernambucano radicado no Distrito Federal desde os 12 faz parte do grupo de 340 pessoas capacitadas pelo projeto Lidera – Empoderar para Multiplicar, da Polícia Civil do Distrito Federal, lançado em agosto de 2017.
A iniciativa da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) tem como objetivo envolver a sociedade no enfrentamento da violência e aproximar as lideranças do Estado na mediação de conflitos.
Acompanhado de outras pessoas recrutadas por meio da Central Organizada de Matriz Africana, entidade da qual é presidente, Pai Lilico integrou a primeira turma do projeto Lidera, que está na oitava edição.
“Aprendemos a identificar todos os tipos de violência e a acionar as autoridades com mais rapidez e sempre em parceria”, conta.
[Numeralha titulo_grande=”Ligue 180″ texto=”Telefone da Central de Atendimento à Mulher para denunciar casos de violência doméstica” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
Para o religioso, a capacitação é uma forma de reforçar obras sociais das quais a casa já faz parte.
O local é palco de rodas de debate entre mulheres, governo e sociedade e do Encontros de Mulheres de Terreiros do Centro-Oeste, evento em que são abordados temas como saúde, políticas públicas e o empoderamento das mulheres negras.
No terreno de quase 10 hectares, há abrigo temporário e espaço cultural. Lá, vivem atualmente cerca de 200 pessoas acolhidas ao longo dos anos. “Aqui eu não olho para a religião, eu olho para a fome.”
Tornar as lideranças instrumentos ativos no combate à violência contra a mulher é o foco principal do projeto, explica a delegada-chefe da Deam, Sandra Gomes. “São pessoas que estão na ponta, próximo às mulheres, de formas que a polícia às vezes não acessa.”
[Olho texto='”Queremos que essas pessoas nos ajudem a estar perto dessas mulheres e que saibam o que dizer e como agir na hora certa”‘ assinatura=”Sandra Gomes, delegada-chefe da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam)” esquerda_direita_centro=”direita”]
De acordo com a policial, os crimes contra as mulheres se diferenciam dos demais por não seguirem uma linha de investigação. “Não é como o roubo, o latrocínio. É uma violência silenciosa”, alerta Sandra.
“Queremos que essas pessoas nos ajudem a estar perto dessas mulheres e que saibam o que dizer e como agir na hora certa”, acrescenta.
Além da turma de líderes religiosos, a Polícia Civil formou grupos de servidores da Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF), de alunas de medicina e de mulheres empreendedoras, entre outros.
Agora, a oitava edição conta com 43 advogados inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil seccional Distrito Federal (OAB-DF).
Cada curso é elaborado de acordo com as especificidades da turma. Os grupos são formados sob demanda, e a duração varia de acordo com a necessidade. Oficinas, palestras e debates ocorrem na Deam (204/205 Sul).
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A proposta é que eles conheçam o trabalho da delegacia especializada e da rede de proteção à mulher do DF e que tratem o tema conforme a área de cada um.
Na turma de advogados, por exemplo, uma jurista convidada falou de ética no trabalho de atendimento à vítima.
Grupos e lideranças interessadas no projeto podem obter mais informações pelo e-mail deam-projetolidera@pcdf.df.gov.br.
Edição: Marina Mercante