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20/04/2018 às 10:27, atualizado em 20/04/2018 às 11:21
No espaço, inaugurado nesta sexta (20) com a visita do governador Rollemberg, são preparadas soluções de acordo com a prescrição de cada paciente
A Central de Quimioterapia do Hospital Regional de Taguatinga — inaugurada nesta sexta-feira (20) — atenderá toda a rede pública do Distrito Federal. No local, a equipe vai preparar soluções quimioterápicas conforme a prescrição indicada para cada paciente.
A estimativa é que sejam feitas cerca de 140 preparações por dia. A central funcionará diariamente: de segunda a sexta-feira, das 7 às 19 horas e, aos sábados e domingos, das 7 às 13 horas.
Requisitadas pelos hospitais públicos, as soluções são entregues a responsáveis das unidades. Não há atendimento direto aos usuários da rede, pois esse tipo de medicação é administrado dentro das unidades.
“Estamos entregando a reforma deste espaço com todas as condições sanitárias que vão permitir a preparação de medicamentos quimioterápicos todos os dias no Hospital Regional de Taguatinga”, disse o governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, durante visita à central nesta manhã.
[Olho texto=”“Zeramos a fila de mamografia e estamos reduzindo a de radioterapia. Com a ampliação do atendimento quimioterápico, garantimos a qualidade do atendimento a esses pacientes”” assinatura=”Rodrigo Rollemberg, governador de Brasília” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
Ele ressaltou os avanços na Saúde que beneficiam diretamente pessoas com câncer no DF. “Zeramos a fila de mamografia e estamos reduzindo a de radioterapia. Com a ampliação do atendimento quimioterápico, garantimos a qualidade do atendimento a esses pacientes.”
O secretário de Saúde, Humberto Fonseca, sintetizou a importância do novo centro. “Significa mais possibilidade de darmos o tratamento para as pessoas com câncer”, disse.
Farmacêutica no hospital, Eva Fontes explica que as medicações são manipuladas para atender à dosagem específica. “É calculada pelos médicos de acordo com o estágio da doença, peso, altura de cada paciente e outros fatores. A medicação vem concentrada, diluímos [na dosagem prescrita] para ser administrada.”
As soluções produzidas atendem, por exemplo, setores de oncologia, hematologia, aids, doenças autoimunes e reumatologia.
O espaço da Central de Quimioterapia do hospital atende às normas da legislação sanitária vigente. Além de ter a aprovação da Vigilância Sanitária do DF, ele é credenciado pelo Ministério da Saúde como unidade de alta complexidade.
A equipe é composta por seis farmacêuticos, dois técnicos de enfermagem e um auxiliar operacional de serviços diversos na área de farmácia.
O investimento total foi de R$ 1,19 milhão. A maior parte do dinheiro veio da Universidade Católica de Brasília, que usa o hospital para ensino e pesquisa. Como contrapartida, a instituição destina recursos para a unidade: nesse caso, foram R$ 700 mil.
Outros R$ 90 mil são provenientes de emenda parlamentar, destinados para a compra de geladeiras para guardar medicamentos. Os R$ 400 mil restantes são da própria Secretaria de Saúde, usados para manutenção predial.
A central é formada por cinco salas interligadas por portas e cabines que funcionam com sistema de intertravamento. Isso significa que uma porta só abre quando a outra está fechada. O mecanismo é uma dupla proteção: para controle de acesso de pessoas e para impedir contaminação.
A primeira sala é de atividade administrativa e de armazenagem — o caminho da medicação começa e termina por ela. Por uma cabine de passagem, os funcionários que estão nesse ambiente encaminham os materiais que precisam ser manipulados com as respectivas prescrições.
Dessa maneira, os materiais chegam à equipe que está na sala de higienização e desinfecção — para chegar até ela, os profissionais passam primeiro pela sala de paramentação inicial, onde lavam as mãos e vestem equipamentos adequados, como proteção nos pés.
Na higienização, os materiais — como as embalagens de soro — são limpos e depois transferidos para a sala de manipulação. Para isso, entre as duas, há outra cabine de passagem.
[Olho texto=”A central é formada por cinco salas interligadas por portas e cabines que funcionam com sistema de intertravamento. Isso significa que uma porta só abre quando a outra está fechada” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”]
Para acessar o ambiente onde os quimioterápicos são de fato preparados, é preciso passar pela sala de paramentação para a manipulação.
Nesse local, há equipamentos como máscara e macacão impermeável, além de lava-olhos e chuveiro. Isso é necessário, pois o tipo de medicamento manipulado oferece riscos em caso de contato direto.
Na área de manipulação, há duas cabines de fluxo laminar Classe II B2, onde se preparam as soluções. Esses compartimentos oferecem proteção tanto para o operador quanto para o produto e são adequados para o trabalho.
Quando prontas, as soluções retornam à sala administrativa e de armazenagem, onde ficam guardadas para retirada. No local, há armários para medicamentos e materiais de consumo, refrigerador exclusivo para quimioterápicos e computador com impressora para identificação dos medicamentos.
Edição: Raquel Flores