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08/05/2018 às 15:01, atualizado em 08/05/2018 às 16:54
Atividade nesta terça (8) fez parte do programa Embaixadas de Portas Abertas, que proporciona intercâmbio cultural a estudantes da rede pública de ensino e favorece o processo de internacionalização de Brasília
Para retribuir a acolhida na Embaixada do México, o Centro de Ensino Fundamental 9 de Sobradinho II recebeu nesta terça-feira (8) representantes diplomáticos daquele país. A ida à unidade de ensino é parte da programação do Embaixadas de Portas Abertas, que estimula o intercâmbio cultural a estudantes da rede pública de ensino.
A manhã começou com a apresentação de carimbó (dança típica do Norte do Brasil) de alunos do quarto e do quinto anos. Uma vez que, durante a visita à Embaixada do México, conheceram a vida e a obra de Frida Kahlo, as crianças também mostraram um pouco dos talentos brasileiros.
A artista Tarsila do Amaral foi a personalidade escolhida para representar a produção nacional aos convidados. Isso porque um dos trabalhos pedagógicos desenvolvidos em decorrência da visita foi o de relacionar semelhanças e diferenças entre as duas pintoras.
A descoberta das afinidades entre as nações é um dos pontos positivos do programa, na avaliação colaboradora do governo de Brasília Márcia Rollemberg. “A gente tem descoberto muitas curiosidades. O carimbó, por exemplo, tem uma influência da região caribenha — onde, no alto, está o México”, comparou.
Um dos objetivos do programa é estimular o sentimento de pertencimento, de acordo com ela. “Temos uma identidade de cidade; de país, pois somos a capital do Brasil; e uma identidade regional, em que nós e o México fazemos parte da América Latina. A gente tem que ter esse sentido de onde estamos em relação ao restante do mundo”, defendeu.
Os resultados do programa se refletem nas parcerias que têm sido firmadas entre as escolas e as sedes diplomáticas. É o caso da atividade proposta pela embaixatriz do México no Brasil, Maria Eugenia Cova.
“Estabeleço o compromisso de vir à escola, pelo menos duas vezes por mês, com meu violão. Vamos formar uma turma para vocês me ensinarem música brasileira, e eu, música mexicana”, disse.
Maria Eugenia também pretende desenvolver uma oficina de artesanato. “Para a turma que não canta, vamos ensinar a fazer piñatas [espécie de balão de papel maché com recheio de doces e balas]”, sugeriu.
A proposta de expandir o alcance do Embaixadas de Portas Abertas será apresentada pelo embaixador do México no Brasil, Salvador Arriola, às demais representações diplomáticas da América Latina e no Caribe.
“Vamos criar um grupo de trabalho com o gabinete da colaboradora do governo de Brasília Márcia Rollemberg para ampliar as características da iniciativa. Eu me comprometi a falar com as embaixadas da América Latina e do Caribe aqui em Brasília sobre a possibilidade”, contou.
Como forma de selar a adesão do Centro de Ensino Fundamental 9 ao Embaixadas de Portas Abertas, a escola recebeu uma placa de participação no programa. A homenagem foi entregue ao diretor da escola, Alexandre Galdino. “Os alunos adoraram a visita. Foi extremamente enriquecedor para eles”, agradeceu.
O Embaixadas de Portas Abertas começou, como piloto, em 2015 e foi instituído oficialmente em 9 de agosto de 2017. O programa tem como objetivo aproximar os estudantes da rede pública da carreira diplomática e apresentar a eles os costumes de outras partes do mundo.
As atividades fazem parte do programa Criança Candanga, conjunto de políticas públicas voltadas para a infância e a adolescência em Brasília.
A iniciativa, idealizada por Márcia Rollemberg, é uma parceria entre a Assessoria Internacional, a Secretaria de Educação e a Sociedade de Transportes Coletivos de Brasília (TCB) — que leva os alunos às embaixadas.
As representações diplomáticas interessadas em participar do programa podem enviar e-mail para assessoria.internacional@buriti.df.gov.br.
Edição: Paula Oliveira