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22/05/2018 às 08:57, atualizado em 28/05/2018 às 12:28
Zoo estará no Espaço Arena, com informações sobre o sistema de monitoramento dos animais
Em virtude da paralisação nacional de caminhoneiros, a Campus Party Brasília foi adiada e a previsão é que ocorra no período de 27 de junho a 1º de julho. O evento ocorreria inicialmente de 30 de maio a 3 de junho.
A Fundação Jardim Zoológico de Brasília vai estrear na Campus Party em 2018. O zoo vai apresentar ao público sua experiência com um sistema de monitoramento remoto implementado graças à parceria com a Escola Técnica de Brasília (ETB), que participou da primeira edição do evento de tecnologia, no ano passado, e agora retorna ao lado da fundação.
O acordo foi fechado depois de uma visita do diretor-presidente do Jardim Zoológico, Gerson Norberto, à Campus Party de 2017. “Isso significa trazer a tecnologia para facilitar o trabalho de conservação e melhorar o bem-estar animal”, avalia. O objetivo é entender como ações externas impactam no dia a dia dos bichos.
Foi pouco tempo desde a conversa até o primeiro protótipo, em novembro do ano passado. A partir de então, alunos comandados pelo professor temporário João Irimar de Resende dividem tarefas específicas para modernizar constantemente o conjunto de equipamentos. “Juntamos o que havia de sensores mais modernos para adaptar ao projeto”, conta o docente.
“Estamos cercados por duas rodovias e ficamos próximo ao aeroporto. Sempre tivemos a preocupação de saber o impacto desse cenário”, complementa Gerson Norberto.
São cinco estações. Quatro estão espalhadas pelos recintos da coruja, do mico-leão-dourado, do elefante e no serpentário. Os dados são analisados pela equipe técnica do local e servem para aprimorar a infraestrutura física e alguns procedimentos internos.
A quinta estação monitora a área geral do zoológico e pode ser acompanhada inclusive pelo público. A escolha foi técnica, uma vez que, por ficarem mais perto da administração, os lugares recebem melhor sinal de internet.
[Olho texto=”Equipamentos avaliam fatores como ruídos, temperatura, umidade, iluminação, pressão atmosférica e velocidade do vento” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
No entanto, o zoológico já se prepara para adquirir mais 53 conjuntos de equipamentos para outros recintos, a exemplo de aves sensíveis à luminosidade e grandes animais, como o rinoceronte. Eles, segundo Norberto, sentem vibrações nas patas.
A ideia é também checar até que ponto visitantes que gritam próximo aos recintos podem afetar o bem-estar de bichos como os primatas, que têm grande interação com o público.
Os equipamentos já avaliam ruídos, temperatura, umidade, iluminação, pressão atmosférica, velocidade do vento e ponto de orvalho. Em breve, também será possível aferir a vibração nos espaços.
Uma das mudanças graças ao monitoramento foi a adaptação do tipo de limpeza feita próximo ao recinto das corujas. Antes, com os animais no local, era utilizado um soprador para retirar as folhas que ficavam perto do viveiro. Hoje, as aves são retiradas e devolvidas só depois do fim do procedimento. “São mudanças que parecem bobas, mas que trazem mais conforto ao animal”, destaca o diretor-presidente.
[Olho texto=”Informações sobre o monitoramento do Zoológico de Brasília serão apresentadas no Espaço Arena da Campus Party” assinatura=”” esquerda_direita_centro=””]
Segundo ele, ainda não há dados suficientes para dizer se o ruído alterou o comportamento dos animais. As informações serão estudadas pelos biólogos durante os etogramas — observações contínuas de cada animal e análises comportamentais em horários específicos.
Com a implementação, os alunos da Escola Técnica de Brasília também passaram a ter no zoológico mais um ambiente de estudo, onde ajudam com a recepção dos dados e o aprimoramento da ferramenta.
O caso de sucesso será apresentado no Espaço Arena da Campus Party, exclusivo para pagantes. A feira está prevista para ocorrer de 27 de junho 1º de julho, no Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha.
A Campus Party, que estreou em Brasília em 2017, conta hoje com mais de 540 mil campuseiros cadastrados em todo o mundo.
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Já ocorreram edições em países como Alemanha, Argentina, Colômbia, El Salvador, Equador, Holanda, México e Panamá.
A iniciativa está presente no Brasil há dez anos e, em 2018, terá edições na Bahia, no Distrito Federal, em Minas Gerais, no Rio Grande do Norte, em Rondônia e em São Paulo.
Edição: Marina Mercante