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26/06/2018 às 12:42, atualizado em 26/06/2018 às 13:40
Pesquisa do perfil dos frequentadores foi feita pela Codeplan em parceria com a Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos. Foram entrevistadas 7.083 pessoas, de 22 de maio a 14 de junho de 2017
Homens, negros e em idade produtiva são o público principal dos restaurantes comunitários de Brasília. É o que mostra a 2ª Pesquisa de Identificação e Percepção Social dos Usuários das 14 unidades desse tipo espalhadas no Distrito Federal.
O levantamento foi divulgado nesta terça-feira (26), em coletiva de imprensa na Companhia de Planejamento do DF. Foram entrevistadas 7.083 pessoas, de 22 de maio a 14 de junho de 2017, nas 14 unidades.
A pesquisa, feita em parceria com a Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, revelou que o número médio diário de frequentadores é de 13.477 pessoas.
As instalações dos 14 restaurantes comunitárias são aprovadas por 85% dos entrevistados. O destaque são as estruturas das unidades do Sol Nascente e Brazlândia, que apresentaram índice de aprovação de 97,1% e 96,6%, respectivamente.
“Entendemos que a avaliação do usuário acerca desse serviço é absolutamente fundamental para o aprimoramento da própria política”, disse o presidente da Codeplan, Lucio Rennó.
Do total de frequentadores ouvidos, 65,5% eram homens e 34,5%, mulheres. Entre os entrevistados, 22,4% afirmaram ser beneficiários de programas sociais, inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal (CadÚnico).
Predominam pessoas adultas em idade produtiva: 60,7% dos entrevistados tinham idades entre 30 e 59 anos. 65,4% deles eram economicamente ativos — estavam ocupados ou procuravam vaga no mercado de trabalho.
O preço acessível foi o principal fator atrativo para 90% dos frequentadores dos restaurantes comunitários. Tanto que 70% deles visitam as unidades pelo menos três vezes por semana.
Ainda assim, apesar de o preço ser determinante para que eles acessem o equipamento público, 78,3% declararam almoçar no local por gostar da refeição.
“Então, sim, eles vão porque o preço é acessível, mas também porque gostam da comida. Isso é positivo. Outro motivo interessante é que eles consideram também que é uma refeição saudável e balanceada”, destacou a gerente de Estudos e Análises de Promoção Social, da Codeplan, e coordenadora da pesquisa, Rebeca Carmo Batista.
No período analisado, 67,5% afirmaram ter adquirido apenas refeição, e 17,9%, apenas marmita. Outros 14,6% optaram por refeição e marmita.
A pesquisa também mostra que a maioria dos usuários mora próximo aos restaurantes. 36,7% deles chegaram de carro e 34,5%, a pé. Na unidade de Ceilândia, por sua vez, 51% dos consumidores acessaram o local por meio de ônibus.