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16/11/2018 às 10:00, atualizado em 16/11/2018 às 11:20
Programa visa incentivar o mercado criativo no País e no exterior
O grupo percussivo brasiliense Patubatê tem movimentado a economia criativa dentro e fora do Brasil. Selecionados pelo programa Conexão Cultura, os músicos levaram para a Colômbia os ritmos da música brasileira.
Na ativa há mais de 19 anos, o Patubatê é conhecido no Brasil e no mundo por fazer música com instrumentos inusitados a partir do reaproveitamento de sucatas como latas, tonéis, baldes, panelas e peças de automóveis.
Os músicos tocam ritmos brasileiros, como maracatu, samba funk, afro, ijexá, carimbó e ciranda, sempre com percussão e o DJ de música eletrônica.
A performance no evento Circulart, em Medellín, na Colômbia, proporcionou o intercâmbio de conhecimento e a promoção do trabalho feito na música alternativa do Distrito Federal.
Para Fred Magalhães, integrante e um dos fundadores do grupo, a presença na feira internacional abre portas para outros eventos no exterior.
[Olho texto=”Fomos preparados para formatar o negócio de forma organizada e lucrativa” assinatura=”Fred Magalhães, integrante e um dos fundadores do grupo” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
“A gente participou de rodada de negócio, ministramos oficinas e mostramos como é feito esse trabalho que vai além de criar música com materiais recicláveis”.
Além do núcleo formado por três percussionistas e um DJ, o Patubatê tem uma microempresa que administra todos os projetos e as apresentações musicais.
O programa Território Criativo, da Secretaria de Cultura, contribuiu para o crescimento da banda com cursos voltados para a gestão de negócios no mercado criativo no Distrito Federal.
Além das apresentações musicais, o Patubatê ministra oficinas de formação. Foi daí que surgiu o Bloco Sustentável, grupo percussivo e carnavalesco que anima foliões pelas ruas de Brasília no carnaval.
As aulas são gratuitas, e qualquer pessoa acima dos 12 anos pode participar. Mais informações no site do grupo.
Estudo divulgado em agosto, pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), mostra que a participação da economia criativa no mercado formal de trabalho em Brasília é expressiva, quando comparada à de outras unidades da Federação.
Em 2016, o DF ocupava a terceira posição no ranking da participação da economia criativa no mercado de trabalho formal — quando alcançava 4% do total de empregados. Perdia apenas para o Amazonas — com 6,8% — e São Paulo — com 4,5%.
No total, mais de 40 mil profissionais atuam nesse segmento em Brasília, e os maiores empregadores foram identificados nas áreas de audiovisual, mídia interativa e educação cultural.
Outra característica demonstrada no documento diz respeito à remuneração: os funcionários que trabalham em ocupações criativas e nas áreas culturais recebem mais, em média, do que os demais trabalhadores.
“Isso mostra que o DF tem tendência de especialização no setor, ao empregar número considerável de pessoas com boa remuneração, um círculo virtuoso em que se encontra alta qualificação, alta produtividade e um mercado de tamanho importante na economia”, considera Clarissa Schlabitz, gerente de Contas e Estudos Setoriais da Codeplan.
EDIÇÃO: MARCELA ROCHA e VANNILDO MENDES