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26/12/2018 às 18:45
Governador Rodrigo Rollemberg destacou no enterro, nesta quarta (26), o legado do ex-deputado federal e a conduta na defesa dos direitos humanos
Dezenas de pessoas compareceram ao cemitério Campo da Esperança nesta quarta-feira (26) para acompanhar o sepultamento do advogado e ex-deputado federal Luiz Carlos Sigmaringa Seixas.
Ele morreu ontem, aos 74 anos, após fazer transplante de medula no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Sigmaringa tinha leucemia e deixou a mulher e dois filhos.
O governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, decretou luto oficial por três dias e lamentou a morte do ex-parlamentar. “Foi uma grande referência política pelo legado ético, conduta, defesa dos direitos humanos e luta pela democracia. Era um homem do diálogo, respeitado por todas as correntes políticas pelo equilíbrio e bom senso. Sentiremos uma grande falta dele.”
Compareceram ao enterro diversos políticos, advogados, juristas, ministros de tribunais superiores e amigos.
Sigmaringa nasceu em Niterói (RJ) em 1944. Formou-se em administração pública pela Fundação Getulio Vargas (FGV), em 1967, e em direito, em 1968, pela Universidade Federal Fluminense. Notabilizou-se como advogado em Brasília — para onde mudou nos anos 1970 — na defesa dos direitos humanos.
Conselheiro da Ordem dos Advogados do Brasil no Distrito Federal (OAB-DF), também foi consultor no mesmo período (1976-1984) da Anistia Internacional, membro da Comissão Brasileira de Justiça e Paz e vice-presidente do Comitê Brasileiro de Anistia na capital federal. Atuou ainda em favor de alunos da Universidade de Brasília (UnB) e sindicalistas durante o regime militar.
[Olho texto='”Era um homem do diálogo, respeitado por todas as correntes políticas pelo equilíbrio e bom senso. Sentiremos uma grande falta dele”‘ assinatura=”Rodrigo Rollemberg, governador de Brasília” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
Na primeira eleição em Brasília, em 1986, conseguiu uma das vagas para deputado federal pelo PMDB. Foi um dos parlamentares da comissão que elaborou a Constituição de 1988 e reeleito em 1990 pelo PSDB, que ajudou a fundar no DF.
Em 1994, tentou o Senado, mas não teve êxito. Migrou para o PT e se candidatou a vice-governador na chapa encabeçada pelo então governador Cristovam Buarque em 1998. A eleição foi vencida por Joaquim Roriz.
Novamente, em 2002, disputou a eleição e ganhou uma vaga para deputado federal. Nos governos dos ex-presidentes Lula e Dilma teve grande influência como conselheiro jurídico. Diversas vezes cotado para assumir o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), sempre recusou o convite pois preferia atuar na advocacia.
Leia a nota de pesar do governador Rodrigo Rollemberg pela morte de Sigmaringa Seixas.