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27/12/2018 às 09:03, atualizado em 27/12/2018 às 10:26
Novo modelo de gestão também permitiu que compras de equipamentos, medicamentos e insumos fossem feitas em menor tempo
O Instituto Hospital de Base (IHB) registrou aumento dos atendimentos de janeiro — desde que começaram as atividades — a outubro deste ano. A comparação foi feita com o mesmo período de 2017 (veja tabela abaixo).
Nos dez primeiros meses de 2018, foram 3.984 cirurgias eletivas. O número é 13% mais elevado em relação aos procedimentos feitos no ano passado.
Os atendimentos de urgência na atenção especializada cresceram de 159.036 para 199.011, no mesmo intervalo.
As internações também subiram: de 11.853 para 14.537. E as consultas na atenção especializada (ambulatórios) passaram de 22.624 para 31.381.
O diretor-presidente do IHB, Ismael Alexandrino, afirma que as mudanças foram alcançadas com menos recursos. Ele explica que, na transição para o novo modelo de gestão da unidade, parte dos repasses que saem da Secretaria de Saúde e participariam dos processos do instituto ficou retida por entraves burocráticos, previstos na mudança.
“Temos os complementos mensais de setembro e de outubro, as emendas parlamentares destinadas ao instituto e os ressarcimentos de desconto em folha dos servidores que não atuam mais no IHB mas continuam na lista de remuneração da instituição”, detalhou Alexandrino.
Outras ações que a direção do Instituto Hospital de Base considera relevante para os resultados alcançados:
O instituto atende toda a população do Distrito Federal, do Entorno e de unidades da Federação vizinhas para procedimentos de alta complexidade.
O atendimento continua público e gratuito. O hospital tem 55 mil metros quadrados, cerca de 3,3 mil funcionários, mais de 700 leitos de internação e faz 500 mil consultas por ano.
A lei que criou o Instituto Hospital de Base foi sancionada pelo governador Rodrigo Rollemberg em 3 de julho. A proposta foi aprovada pela Câmara Legislativa em 20 de junho, e o decreto regulamentador da entidade foi publicado em 14 de julho.
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O modelo entrou em funcionamento em janeiro deste ano. Inspirado na Rede Sarah, o IHB é um serviço social autônomo, com regulamentos próprios para compras e contratações, o que assegura agilidade ainda maior em comparação com o Hospital da Criança de Brasília José Alencar.
Trata-se de uma entidade pública de regime jurídico privado. Como no Hospital da Criança, há um contrato com o governo que prevê metas e resultados fiscalizado pela Saúde, e os funcionários são submetidos à Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
O contrato é de 20 anos, mas as metas serão negociadas anualmente. Para 2018, a previsão de repasse do governo foi de R$ 602 milhões. Ou seja, de pouco mais de R$ 50 milhões por mês. Disso, 77% para pessoal, e o restante, para custeio e investimento.
Cerca de 85% dos servidores da Secretaria de Saúde que serviam no Hospital de Base optaram por permanecer no instituto. De acordo com o secretário de Saúde, Humberto Fonseca, todos os direitos trabalhistas foram preservados.
Porém, os novos empregados do IHB são regidos pela CLT e foram contratados por meio de processo seletivo próprio.
Segundo a secretaria, a mudança significou mais celeridade às contratações porque a seleção é mais simples do que o concurso público.
O instituto funciona com 3.635 servidores: 1.329 celetistas, 2.005 estatutários e 301 residentes.
As regras foram definidas no estatuto do IHB. O instituto tem quadro de funcionários próprio, ainda que com 100% de recursos públicos e de atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Atendimentos no Instituto Hospital de Base (de janeiro a outubro de 2018) |
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2017 | 2018 | |
Cirurgias eletivas | 3.447 | 3.984 |
Atendimentos de urgência na atenção especializada | 159.036 | 199.011 |
Consultas com profissionais da atenção especializada (ambulatórios) | 22.624 | 31.381 |
Internações | 11.853 | 14.537 |
Edição: Marcela Rocha