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31/01/2019 às 20:45, atualizado em 01/02/2019 às 17:30
Centros Educacionais 03 de Sobradinho; 308 do Recanto das Emas; 01 da Estrutural; e 07 de Ceilândia terão administração disciplinar militar. A proposta pedagógica permanece a mesma das demais escolas públicas
Quatro escolas da rede pública de ensino do Distrito Federal terão parceria com a Polícia Militar já a partir do início do ano letivo. Nesta quinta-feira foi assinada Portaria Conjunta entre os secretários de Educação, Rafael Parente, e da Segurança, Anderson Torres, e a comandante da PM, coronel Sheyla Sampaio, para a criação do projeto piloto da Escola de Gestão Compartilhada. O acordo foi corroborado pelo governador Ibaneis Rocha em solenidade no gabinete do Palácio do Buriti.
O projeto visa, por meio de ações conjuntas, proporcionar uma educação de qualidade, com a construção de estratégias voltadas ao policiamento comunitário, como forma de enfrentar a violência no ambiente escolar. O acordo prevê que a Polícia Militar participe da gestão administrativa e disciplinar das escolas escolhidas, atendendo a critérios de vulnerabilidades sociais, índices de criminalidade, de desenvolvimento humano e educação básica. A gestão pedagógica dos Colégios Militares vai seguir as diretrizes da Secretaria de Educação.
Serão transformados em Colégios Militares os seguintes Centros Educacionais: 03, de Sobradinho, 308, do Recanto das Emas, 01, da Estrutural, e 07, da Ceilândia. O governador Ibaneis Rocha afirmou que o programa será continuamente ampliado: até julho de 2019 serão 20 escolas da PM, número que vai dobrar até o final do ano. Ele prevê que até o final do mandato o DF terá 200 escolas militares.
[Olho texto=”É um programa de grande importância e que vai virar a página da educação no Distrito Federal” assinatura=”Ibaneis Rocha, governador do DF” esquerda_direita_centro=”direita”]
“É um programa de grande importância e que vai virar a página da educação no Distrito Federal”, afirmou o governador. “Espero que depois de algum tempo as escolas voltem a ser administradas inteiramente pela sociedade civil, mas só depois que for retomado o ambiente de respeito com professores, servidores e colegas”, disse Ibaneis.
Para o governador, a desordem verificada nas escolas não é culpa dos professores, mas o resultado de uma modificação na vida da sociedade nos últimos 40 anos, quando toda a família passou a ter que trabalhar para melhorar a renda e foi delegada à escola a função de educar e não apenas de ensinar. “A escola não estava preparada para isso e todos conhecem os problemas de disciplina que acontecem cotidianamente”, afirmou o governador.
Ibaneis Rocha entende que haverá reações. “Toda mudança traz um grau de insatisfação, mas este é o caminho correto e vamos mostrar resultados”, disse. Segundo a Portaria Conjunta que celebrou o acordo entre as secretarias da Educação e da Segurança, um dos objetivos dos Colégio Militares é facilitar a construção de valores cívicos e patrióticos entre os estudantes, além de melhorar os Indicadores de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) nas instituições de ensino que participarem do projeto.