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08/02/2019 às 18:22
Eleições nas quatro unidades públicas, que servirão de piloto do projeto, confirmam desejo popular pela administração conjunta entre a Secretaria de Educação e a de Segurança Pública
A população está confiante no sucesso da gestão compartilhada das quatro primeiras escolas públicas a aderirem o projeto-piloto da Secretaria de Educação, em parceria com a Secretaria de Segurança Pública. Ontem, após o Centro Educacional 7 de Ceilândia decidir, em votação, também iniciar as aulas adotando o novo modelo educacional, o desejo popular ficou ainda mais claro.
“Esse resultado representa um ganho muito importante para a comunidade. Um ganho social, não apenas na questão pedagógica. Prevaleceu a vontade da comunidade escolar”, avalia a diretora do CE 7 de Ceilândia, Adriana Rabelo.
Além daquela unidade, também participam do projeto-piloto o Centro de Ensino Fundamental 1 da Estrutural, o Centro de Ensino Fundamental 3 de Sobradinho e o Centro de Ensino Fundamental 308, do Recanto das Emas.
Um dos coordenadores do programa de gestão compartilhada nas escolas, o assessor especial da Secretaria de Educação, Mauro Oliveira, comemora a aceitação da comunidade escolar. “Todas as quatro escolas passaram pelo processo de escolha por meio do voto. Não foi uma imposição. Consultamos todos os envolvidos por meio das eleições e, a aprovação foi muito grande”, disse.
Além de pais e de alunos, a proposta agrada também boa parte dos docentes. A aprovação entre professores é superior a 75%. “Precisamos explicar mais que não se trata de adotar o modelo dos colégios militares. Não há comparação. Na gestão compartilhada, manteremos o projeto pedagógico comum a toda rede pública de ensino. Os militares cuidarão apenas das questões administrativas e da disciplina”, explica.
Segundo Oliveira, existem grandes vantagens nesse modelo educacional. Um deles é o tempo dedicado pela direção com projetos voltados à coordenação pedagógica. “Hoje, a diretora dedica 90% do seu tempo resolvendo problemas administrativos. Agora, poderá se concentrar no desenvolvimento do processo de aprendizagem dos alunos”, garante.
Outro destaque é a questão da disciplina dos alunos. “Hoje um professor consegue dar 20, 30 minutos de aula em função do comportamento dos estudantes. Agora, o aproveitamento será maior. Poderão ministrar os 50 minutos”, calcula Oliveira.
O Governo vai avaliar o desempenho das quatro escolas neste ano. Se houver avanços, a Secretaria de Educação vai ampliar a proposta para pelo menos outras 36 escolas públicas.