06/03/2019 às 10:35, atualizado em 21/10/2019 às 16:03

CÍCERO ELIVAN ALVES FEITOSA / Desafios que envolvem a participação de 35 mil alunos

Coordenador da Regional de Ensino de Samambaia quer envolver a comunidade em ações que contemplem a melhora dos índices de desenvolvimento da educação básica e o desempenho dos estudantes

 

Por Renata Moura, da Agência Brasília

Graduado em pedagogia e direito, com especialização em gestão e administração escolar pela Universidade de Brasília (UnB), o professor Cícero Feitosa traz na bagagem 21 anos de experiência na Secretaria de Educação. Desse montante, 15 anos foram dedicados ao magistério e seis às atividades de coordenador pedagógico, vice-diretor, diretor e assessor. Agora, seu desafio é administrar a Regional de Ensino de Samambaia. Em entrevista à Agência Brasília, o professor explica que a meta prevista para as 42 escolas da cidade é melhorar a média da regional no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). Ele destaca que 40% das escolas da cidade, nos anos iniciais, obtiveram pontuação acima da média. “Estamos felizes com isso, mas precisamos avançar mais”, lembra. Um dos focos é o processo de aprendizagem de cada um dos 35 mil alunos matriculados na região.

Como foi o desempenho das escolas de Samambaia na avaliação do Ideb?

Avalio que avançamos bastante. Nos anos iniciais, 40% das nossas escolas ficaram com pontuação acima da média e estamos felizes com isto. Mas precisamos avançar mais, principalmente em relação ao desempenho nos anos finais e no ensino médio. Para isso, vamos aplicar avaliações diagnósticas para saber onde estamos, qual o retrato atual das turmas e aonde podemos e queremos chegar. Precisamos trabalhar nossas fragilidades em busca de estratégias capazes de ampliar as conquistas. Aplicaremos uma gestão voltada à aprendizagem de cada aluno. Assim, vamos ajudar cada um para juntos registrarmos uma pontuação melhor para todas as escolas da regional.

A que pode ser atribuído esse resultado positivo nos anos iniciais?

Temos projetos de excelência desenvolvidos com profissionais competentes, que apenas precisam de apoio para desempenhar e aplicar suas ideias. Aqui mesmo, na regional de Samambaia, temos profissionais que fazem de tudo para continuar crescendo cada vez mais na aplicação das políticas públicas. Temos registro de muita coisa boa durante o ano letivo, como as feiras de ciências, os jogos escolares com alunos de quatro e cinco anos [Jesamkids] e o festival de música, entre outros exemplos. São iniciativas que estimulam o aprendizado e o desenvolvimento de toda a comunidade escolar.

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O que o senhor considera fundamental para que haja uma melhoria significativa tanto no processo de aprendizado individual quanto na avaliação do Ideb?

Precisamos mostrar aos nossos jovens que eles são os protagonistas da vida deles, da história deles. Precisamos fazê-los mais críticos, cidadãos preparados para o mercado de trabalho. Sabemos que não será fácil, porque temos enfrentamentos diários e diversos para fazer. A insegurança, a falta de uma infraestrutura mais moderna nas unidades escolares, famílias vulneráveis… Mas precisamos tornar a escola mais atrativa para os estudantes. Eles precisam se sentir envolvidos e acolhidos. Para isso, vamos estimular a implantação de projetos que envolvam toda comunidade escolar. Vamos traçar metas, estratégias, planejamentos e ações eficazes com resultados favoráveis. Vamos focar no pedagógico, fortalecer as instituições com um acompanhamento sistemático e apoiar no que for necessário e possível. Em Samambaia, atualmente temos 42 escolas e 25 instituições parceiras. Atendemos 35 mil alunos, da creche até o ensino médio.

Qual a marca que o senhor pretende imprimir durante sua gestão?

Nossa meta principal é melhorar os índices do Ideb, que considero a principal avaliação externa atualmente. Nos anos iniciais estamos indo bem, porém, nos anos finais e no ensino médio, precisamos melhorar muito. Acredito que agora, com a implantação das novas políticas públicas do atual governo, com as alterações no currículo e com a reforma do ensino médio, essa mudança será possível.  Temos a BNCC [Base Nacional Comum Curricular], que, aprovada recentemente, também nos favorece. Estou confiante nessa mudança, porque temos aliados.